OPaís
Ouvir Rádio Mais
Qua, 16 Jul 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouvir
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

O dito e o [não] dito sobre espontaneidades da minha alma de José da Silva Maia Ferreira

Jornal Opais por Jornal Opais
6 de Setembro, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 2 mins de leitura
0

Tendo em conta a nota introdutória da obra, o livro “Espontaneidades da Minha Alma” da autoria de José da Silva Maia Ferreira marcou uma época: constitui não somente a primeira obra da incipiente literatura angolana, mas apareceu no momento preciso em que se afrouxaram definitivamente os antigos laços entre Angola e o Brasil (Ferreira, 2013, p. 14).

Deste modo,José da Silva Maia Ferreira, nasceu em Luanda aos 7 de Junho de 1827. Poeta angolano possivelmente mestiço, que teve uma vida acidentada entre Luanda, Benguela, Rio de Janeiro, Estados Unidos da América e Cuba.

Inicia a poesia angolana com o livro “Espontaneidades da minha Alma: Às Senhoras Africanas” (1849), influenciado pelos românticos franceses como (Hugo, Lamartine) e pelos portugueses como (Garret, Castilho, Bocage e João de Lemos).

Pois, foi um intelectual prestigiado e, colaborador do Almanach de Lembranças, entre outras publicações.

Daí que, é considerado um dos pioneiros da literatura angolana. O livro Espontaneidade da Minha Alma aproxima-se ao Livro da Minha Alma de João d’ Amboim sob vários aspectos, além do título e da data, Maia Ferreira pretente como Aboim cantar três temas: Deus, Pátria e Amor.

A obra “Espontaneidades da minha Alma” de José da Silva Maia Ferreira, literariamente, enquadra-se no segundo período da literatura angolana.

Assim, se, por um lado, a obra de Maia Ferreira assinala o fim de um período, por outro ela inaugura a Literatura Africana de Expressão Portuguesa.

Com efeito, ao que parece, o seu livro foi o primeiro publicado na África então portuguesa por um filho do país (…) (Ferreira, 2013, pp. 15-16).

Portanto, no poema de Maia Ferreira, escrito posteriomente ao célebre poema de Gonçalves Dias, temos em contrapartida o termo “só”, como sentimento inverso ao do poeta brasileiro, uma vez que este exalta sua terra, enquanto Maia Ferreira a inferioriza quando posta em comparação com a do colonizador, como é perceptível nos versos: “Minha terra não tem os cristais/ dessas fontes do só Portugal” e ainda: “Em seus campos não brota o jasmim,/ Não matiza de flores seus prados/ Não tem rosas de fino carmim,/ Só tem montes de barro escarpados” (Ferreira, 2013, p.35).

Por conseguinte, nos versos do poeta angolano, entretanto, o que se nota é que, além do sentimento de inferioridade, ele inveja a pátria alheia. Com tal complexo, até tenta igualar sua terra a Portugal, já que nela também esteve e suas belezas foram por ele contempladas, como se pode perceber na obra do Poeta.

Outrossim,mostra estima pela pátria brasileira, a qual conhece e nela reside mais tempo do que em sua terra natal.

Em suma, referese ainda, diretamente, a características e lugares do Rio de Janeiro, como terra- referência, comparando-a com sua pátria, como se pode comprovar nestas passagens: Também invejo o Brasil Sobre as águas a brilhar, Nesses campos mil a mil, Nesses montes dalém-mar.

Invejo a formosura Desses prados de verdura, Inspirando com doçura O Poeta a decantar (Ferreira, 2002, p. 31).

 

Por: Miguel Chivela Faustino

Jornal Opais

Jornal Opais

Relacionados - Publicações

A semântica do português como um aspecto ideal da comunicação
Opinião

A semântica do português como um aspecto ideal da comunicação

3 de Julho, 2025
Carta do leitor:Proteger o ambiente…
Opinião

Carta do leitor:Proteger o ambiente…

11 de Junho, 2025
A minha reflexão sobre o respeito devido ao militar e à farda: o simbolismo do juramento à bandeira, a sua honra única e os 50 anos depois!
Opinião

A minha reflexão sobre o respeito devido ao militar e à farda: o simbolismo do juramento à bandeira, a sua honra única e os 50 anos depois!

2 de Maio, 2025
A influência social como competência-chave do futuro
Opinião

A influência social como competência-chave do futuro

28 de Abril, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouvir Rádio Mais

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.