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Novos heróis: Quando o “Gueto” vence com honras e sem máculas – Naguelha e Mano Chaba

Jornal Opais por Jornal Opais
17 de Fevereiro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Ao longo da história de Angola, conhecemos diversos heróis, pessoas que doaram a sua vida na longa luta para a libertação nacional, pessoas que lutaram para a nossa independência, que deram, voluntariamente, o seu tempo e saber para emancipação do nosso povo.

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Outros lutaram para a paz definitiva em Angola, em frente do combate ou em frente da diplomacia, pessoas que se doaram para a causa de todos nós. Actualmente, heróis lutam e têm dedicado a vida para a tão almejada independência económica e financeira que o nosso país tanto deseja e precisa.

Verdadeiros patriotas que devemos toda a honra e gloria, particularmente aqueles que partiram, prematuramente, e não usufruíram das conquistas almejadas, a nossa vénia acentuada.

Mas, para além dessas sublimes figuras, nos dias actuais temos conhecido novos heróis, jovens provenientes de famílias humildes e extremamente pobres, oriundos das profundezas dos subúrbios esquecidos da nossa urbi, zonas sem esperança, sem oportunidades, sem futuro, mas que emergem heróis que com os seus talentos únicos e inigualáveis impactam vidas, revolucionam o pensamento da sociedade e dão esperanças para os demais jovens.

jovens talentosos que conseguem atingir o âmago mais profundo de todo um povo, toda uma nação, sem excepção: do pobre ao rico; do erudito ao analfabeto; do jovem ao “cota”, todos são tocados pelo talento extraordinário de tais jovens. Tão extraordinário que despe, despudoradamente, qualquer orgulho ou complexo de superioridade do “asfalto” para com o “gueto”.

Talentos únicos e inigualáveis que impactam e revolucionar a forma de fazer arte, arte tão bela e única que renovam os nossos sonhos e nos fazem acreditar de que é possível realizá-los, mesmos quando as circunstancias da vida nos dizem ao contrário. Talentos na música, na dança, na composição, na escrita, no desporto e, sobretudo, no pensar e transformar o imaginário em real, tão palpável, ingénuo e puro.

Sem malícia e repleto de amor. jovens como o Nagrelha e Mano Chaba constituem o exemplo dos verdadeiros novos heróis, que com o seu dom revolucionaram a forma de olharmos para os jovens do “gueto”, que faz emergir, inesperadamente, talentos sublimes e sutis, que sorrateiramente conquistam silenciosamente os nossos corações. Verdadeiros Heróis que, infelizmente e por ironia do destino, partem cedo, deixam vazios impreenchíveis em toda a sociedade.

Partidas prematuras, como se o Criador os enviasse apenas para cumprir uma missão especial de tocar o nosso cerne mais profundo e sensível, indefensável, local desconhecido até então.

Heróis que, infelizmente, apenas são homenageados quando partem, nesta altura, somente nesta altura, descobrimos o seu real valor e o impacto que possuem na sociedade.

Talentos que nos fazem chorar, viajar, sorrir, esperançar, esquecer as malambas da vida, ou seja, viver e reviver um misto de emoções, sentimentos e reacções inesperadas e descontroladas.

Talentos que fazem parar o país, esquecer as diferenças, suster o tempo, e em um momento mágico e único nos enlaçarmos, nos consolarmos, sem olhar a quem e choramos juntos. Talentos que conseguem unir, no mesmo quintal, o “gueto” e o “asfalto”, e num abraço imprevisível, entre o pobre e o rico.

Talentos que nos fazem sentir o que nunca, jamais, sentimos. Talentos que nos contagiam com uma alegria indescritivelmente única. Infelizmente, nem sempre a sociedade está preparada para receber tais génios, e algumas vezes são combatidos, perseguidos, humilhados, desprezados, incompreendidos, conotados, preteridos, humilhados enquanto em vida e nos momentos que mais precisam da retribuição da sociedade, simplesmente por serem do “gueto”, não terem o “tio na cozinha” , pela sua origem pobre e humilde, por serem improváveis sociais e por violarem a fronteira ténue da descriminação, parte da sociedade se torna indiferente ao silencioso grito de socorro.

Jovens que diariamente honram o gueto pelas melhores práticas. Jovens que simplesmente, querem uma oportunidade para monstra o seu talento e conquistar o mundo pela arte, jovens que lutam e sonham fazer diferente e seguir um caminho distinto. Jovens talentosos que apenas tem um sonho, um humilde e surpreendente sonho, e como “sonhar não é mali”, “sonhar não é proibido”, mas que nem sempre são devidamente interpretados por alguns.

Quantos mais heróis terão de partir para reconhecermos o enorme potencial de talentos, infinitos e abundante, que existem nos nossos “guetos”, nas nossas periferias mais profundas? quantos talentos existem hoje perdidos nas profundezas solitárias dos nossos bairros: Dangeroux, Dira, Cazenga, Sambizanga, Paraíso, Catambor e tantos outros? Quantos mais terão de partir precocemente para reconhecermos as potencialidades artísticas, culturais e habilidade que os nossos “guetos” possuem, que podem e tem força para mudar a sociedade e o mundo? Que os verdadeiros novos heróis sejam, de facto, reconhecidos o seu mérito, que possam inspirar e impactar positivamente a vida dos demais jovens.

Que tenhamos coragem para apoiar, honrar e dignificar tais jovens, mas não após a morte, mas enquanto vivos, para que as suas obras possam ser massificadas e conhecidas por todos, para que possam de facto usufruir plenamente do seu trabalho e do seu talento inigualável, e no final, que seus sonhos possam ser realizados enquanto vivos e que possa usufruir plenamente de tudo o que fazem.Talentos que ultrapassam a barreira do tempo, que rompem a fronteiras invisíveis da descriminação, que derrotam os preconceitos e elevam a unidade nacional.

Talentos consensuais, que vencem, pela arte, os complexos de superioridade do “asfalto”, e que destacam o potencial do “gueto” Heróis que a morte leva, quando ainda muito tinham para oferecer, mas que eternamente nos alegram e nos inspiram. Estrelas únicas enviadas para brilhar reluzentemente, e nos fazerem acreditar no impossível. Verdadeiros exemplos de superação e vitória, verdadeiros novos heróis.

 

Por: OSVALDO FUAKATINUA

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