Rendo-me à hostilidade do cosmo, acima de quaisquer sobretudos, igualmente, alimentome de amargas Esperanças, que, vezes repetidas, descobro não ser mais Eu em mim—não é coisa de poesia—antes me sirvo a inglória da Vida.
Digo-vos já, há silêncios que me atravessam a consciência de ter sido um concepturo injustamente na barriga deste país, claro, neste lugar, que não mais consigo definí-lo, onde a musicalidade do Vazio toma uma constante posição aberrante, é um fenómeno repetido.
Fomelogia, não se lhe procura laboratórios para sua descoberta, ele é nu aos olhos de crianças, adolescentes e adultos principalmente, que, de quando em vez, cantamna em todos quartos destes lugares.
Cá olho, devidamente, inúmeros sujeitos, uns trabalham chorando, uns trabalham sorrindo. Cobro-me, ainda que não tenha a supremacia de alteração, mutilo as pernas das Injustiças aos olhos virgens de leis que imputam os miseráveis. Sou antialérgico às lágrimas que perpassam aos olhos dos injustos, sim, sou.
Num elipse, o silêncio, que é alvo da pura confissão, permitam-me, por uns minutos, politizar a razão de ser do Vazio que me leva as salivas, seca-me os lábios, naufraga-me o meu corpo, deriva a uma complexidade de dores à alma, ninguém consegue carregá-la.
E, por uma questão de honestidade, ninguém é capaz de receber fardo do outro quando o carregamos também. Sinto, com nevrálgico de um todo, inglórias em tudo, o olhar desviante às Injustiças de homens vê-se constante.
Tempos depois, aquando do futuro distante, a verdade é que, no profundo silêncio confessativo, nele reside a tal razão humana, diga-se, é necessário nariz apurado de um cão para se chegar à verdade.
No entanto, a verdade é muscular, pesa a consciência, o seu salário é o remorso. E então, como um pai, com ingentes titularidades, estimado de provedor prefere ver filhos sofrer, todavia se alimenta trazendo a teoria de Albert Einstein para justificar a realidade de casa.
A fuga de que se serve a cíclica do relativismo do Albert Einstein de Angola é, ideologicamente, falhada e, tal relatividade é unilateral. Ainda assim, ergo-me, sigo os ventos, mares de fé e confiante para que o silêncio aflitivo não me engula de vez.
Por: Vânio Mwandumba