Com a presente abordagem pretende-se olhar para o funcionalismo das concepções da linguística textual, mormente, a comunicativa no processo de ensino e aprendizagem à luz da significativa em zonas em que se assiste, de forma consciente, por razões objectivas, e inconscientes, por razões subjectivas, o plurilíngue no decorrer da interacção no espaço de aula. Obviamente que se tem lidado com diferentes textos em determinados contextos.
Textos de estruturas e sentidos distintos cujas finalidades também se diferenciam por conta do seu escopo. Quanto à textualidade recorre-se à Travaglia “a textualidade ou a textura é aquilo que faz de uma sequência linguística um texto e não um amontoado aleatório de palavras” (1989, sp) Assim, sabese que a linguística textual assume o texto como o seu objecto de ensino, de análise, de pesquisa e de existência significativa no complexo processo de aquisição de saberes, de conhecimentos e de troca de valores.
O conceito de texto à luz das lentes comunicativa que se revela o espectro da presente tese, releva-se à medida que a sua compreensão se reveste de complexidade quando se ignoram as competências sociolinguísticas dos alunos, as diferenças semânticas textuais das realidades cognitivas dos alunos e, posterior, entre professores e alunos, quando se anulam as possibilidades da coabitação funcional entre diferentes perspectivas de estruturas morfossintáticas no espaço de ensino e sobretudo quando se produzem textos, aqui se vincula à oralidade, embora com suas fronteiras e limitações, que a princípio parte da dedução redutivista da limitações de entendimento dos alunos.
Ou seja, a produção textual na sala de aula, no sentido da aprendizagem significativa, tem que ter em conta as experiências dos alunos, os seus anseios, as suas expectativas e valorizar, necessariamente, a sua fala espaço textual que se produzem/ reproduzem em sala de aula.
Pois, é fundamental que o texto enquanto instrumento de interação vincule-se, necessariamente, à desenvoltura significativa, por conta das experiências, das expectativas, das realidades e das relações de significados entre o valor real e o valor atribuído do conhecimento, ou seja, a concepção referente à representação simbólica e histórica da escola enquanto veículo de transformação social, de progresso e de aceitação socioeconómica adquirida pelas comunidades/ pelos alunos. Ora, o texto precisa fundamentalmente dizer/significar/comunicar-se/situar-se/revelar-se necessário para o aluno.
Assim, que se interprete ou se aplique o texto não apenas como um simples tecido verbal, isto é, escrito ou oral, pois, como meio de transmissão de implicaturas que devem ser articuladas entre as realidades dos interlocutores, suas competências textuais e suas descargas emotivas.
O texto na perspectiva comunicativa deve relacionar-se com a realidade e o imaginário dos alunos. Assim, a concepção comunicativa, neste angulo de leitura, entende-se o texto como mecanismo de materialização verbal que se idealiza como forma de se fazer entender/ de existir no panorama dos diálogos das aprendizagens.
Neste sentido, o texto realiza-se para informar, para objectivação da fala tendo em conta os diferentes contextos. Por exemplo, a construção de um texto para realidade A não terá o mesmo o alinhamento sequencial de um texto para a realidade B.
Por: HAMILTON ARTES









