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Leitura metódica em “À Instabilidade Das Cousas Do Mundo” de Gregório de Matos

Jornal Opais por Jornal Opais
24 de Junho, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

O poema À Instabilidade das Cousas Do Mundo de Gregório de Matos é constituido por 14 versos distribuidos em quatro estrofes, duas quadras e dois tercetos, sendo que cada verso possui 10 sílabas tónicas, portanto, um soneto.

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Relativamente o plano fónico, verifica-se na primeira e segunda estrofe o esquema rimático AbbA, isto é, rimas interpoladas, visto que entre duas palavras que rimam, no caso dia e alegria, há outras palavras que rimam (ou não) escura e formosura.

O mesmo sucede com a segunda quadra que entre nascia e fia há palavras que rimam dura e transfigura. Na primeira estrofe, o esquema A ( dia) vs.

A (alegria) é pobre, porquanto as duas palavras que rimam pertencem a mesma classe morfológica, precisamente ambas são nomes ou substantivos , porém as as palavras que rimam entre o esquema Aa, constituem rima rica, na medida que há palavras que pertencem a classes morfológicas diferentes, ou seja, o esquema b ( escura) vs. (formosura), temos assim um adjectivo a rimar com um substantivo.

Ainda quanto as duas quadras, temos apenas rimas graves ou feminas, pois todas as palavras que rimam são graves, repare: dia-alegria; escura-formosura; nascia-fia; duratransfigura) assim como também todas rimam a partir da sua sílaba tónica, veja ( dia-alegria; escura-formosura; e nascia-fia; duratransfigura) e isto simboliza que todas as rimas são completas ou perfeitas.

Nos tercetos, há o esquema rimático CdC (firmeza-constânciatristeza) e no último DcD, temos, portanto, em ambos, a presença de rimas cruzadas.

Quanto a acentuação são todas rimas graves ou femininas, porque rimam palavras paróxitonas e também são rimas perfeitas ou completas porque iniciam a rimar a partir da sílaba tónica.

Se virmos bem, nos dois últimos tercetos, temos a presença de rimas internas, na medida que a última palavra destas estrofes, no caso 3ª e 4ª , rimam com uma palavra no interior do verso seguinte, veja: Mas no Sol, e na luz, falta a firmeza, Na formosura, não se dê constÂNCIA, E na alegRIA sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância, Pois tem qualquer dos bens por natuREZA A firmEZA somente na inconstância As rimas encadeadas acima são quanto ao valor pobres, porque se trata de palavras Da mesma classe.

Como se pode verificar acima, cada verso possui 10 sílabas métricas, o que significa que quanto à métrica trata-se de versos isométricos, porquanto possuem o mesmo número de sílabas métricas.

Esta composição poética tem como tema a mudança, pois, o objecto de atenção do sujeito poético é a natureza, porém, uma natureza que vai mudando constantemente o que cria uma certa instabilidade, daí o título « À Instabilidade Das Cousas do Mundo».

O assunto deste poema é o mundo que se apresenta como mutável, num constante devir o que claramente causa um certo medo ao homem, porque o sujeito poético ,a fim e a cabo, mostra que tudo é incerto, nada ´é abssoluto, tudo está susceptível a mudança, repara, por exemplo, no versículo que se segue » Nasce o sol e não dura mais que um dia». Podemos dividir este poema precisamente em dois momentos.

Há um momento em que o sujeito de enunciação apresenta a mudança, no caso a primeira estrofe, repara: Nasce o sol, e não dura mais que um dia Depois da luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas, a alegria Como vemos acima, nesta estrofe, o eu-lírico apresenta a mudança, usando um conjuntode elementos da natureza, como é o caso do sol, luz, noite enfim.

Um sol que nasce, mas que não dura mais que um dia, ou seja, o sol nasce, mas há uma fase do dia que ele tem de dar o lugar a noite e mesmo a noite não é eterna também cobre apenas uma fase do dia o que demonstra que nada é para sempre. No segundo momento, o sujeito poético através de um conjunto de questões retóricas indag a amudança.

 

Por: FERNANDO TCHACUPOMBA

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