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Interpretação da interpretação – “Os Funerais de Manguituka, o Terrível Bandido e Outros Mambos” de Albino Carlos I

Jornal Opais por Jornal Opais
12 de Fevereiro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Aludimos, inicialmente, que a abordagem a que nos propusemos interpretação da interpretação à luz da titulogia, os Funerais de Manguituka, o Terrível Bandido e Outros Mambos de Albino Carlos, fundamentase sob as lentes da Teoria de Efeito de Wolfgang, intelectual alemão, que sublinha de forma valorativa a relação intencional entre o texto, neste caso, o título que é o nosso objecto de leitura reconstrutiva, e o leitor cognitivo.

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Assim, adendamos ao postulado de Wolfgang à unidade funcionalista para aferição da interpretação da interpretação, que é o nosso escopo, tendo em conta a elasticidade semântica do signo linguístico.

A interpretação da interpretação abre acepções às possibilidades de reconstruções da narrativa na perspectiva vinculativa ao enredo, ao enlace e ao desenlace sob o prisma da relação tridimensional, pois, entre a obra, o narrador e o leitor cognitivo tendo em vista aos diferentes espaços imaginários entre a realidade e a ficção.

Assim, o título da obra em leitura, sucinta uma série de retóricas existenciais que levantam suspeições sobre o modus operandi que se sustentam a partir do vasto tecido sociocultural, político, económico, que perfazem a realidade angolana.

Ademais, pela forma como decorrem, quando se fala em funerais no tecido angolano, a partir de uma leitura semântica, percebe-se que há uma sensação de insegurança pública e que por via dos canais de divulgação há criação de espaços que esqueletizam a problematização da sociedade angolana.

Daí que, sustenta Kant cit. por Vinícius de Figueiredo “que o conhecimento [ideal, real, objectivo, subjectivo] resulta de uma actividade do entendimento sobre [o título na sua bidimensionalidade: realidade e arte] os fenómenos dados à nossa intuição” (2010, p.35). O título, Os Funerais de Manguituka, o Terrível Bandido e Outros Mambos de Albino Carlos, é uma fotografia metafórica que parte da esquematização da realidade angolana.

Entendemos em nossa leitura titulogica, a nossa pretensão funda-se sob as lentes construtivista que se postula como interpretação da interpretação entre o título e as expectativas do leitor cognitivo, pois, a sua possibilidade de reconstrução interpretativa, que se apresenta como corpus lexical atrelado à teoria da literatura, aos estudos literários, à linguística, à psicologia, à sociologia da linguagem para melhor articulação do nosso entendimento.

A partir do nosso objecto de leitura, Os Funerais de Manguituka, o Terrível Bandido e Outros Mambos de Albino Carlos, apresenta à luz da teoria titulogica títulos que se correlacionam ao vasto tecido social angolano, por exemplo, Maldito Telemóvel, objecto que tem sido motivo de vários traumas e dramas nos diferentes segmentos sociais.

Assim, a interpretação da interpretação consubstancia-se também à inversão interpretativa, a recriação do enredo e suas a nuances. O leitor cognitivo, na óptica da interpretação da interpretação, é o sujeito que reconstrói a narrativa em função do seu cosmo, suas experiências, suas leituras hermenêuticas.

A leitura titulogica da obra literária, de género narrativo, Os Funerais de Manguituka, o Terrível Bandido e Outros Mambos, de Albino Carlos, subscreve-se à necessidade fundamentalista da coabitação da cultura de referência e de pertença da obra.

Isto, nesta perspectiva, a obra é do leitor que se predispõe a redescoberta de tecidos, de aspectos, de valores, que, possivelmente, tenham escapado ao narrador ou ainda ao prefaciador.

É a possibilidade da mobilidade criativa: a obra quando publicada pertence explicitamente ao leitor cognitivo Num breve dispositivo bibliográfico, Albino Carlos, escritor angolano, é prémio António Jacinto, 2006, com a obra Olhar de Lua Cheia; prémio Nacional de Literatura, em 2014, com obra Issunje; vencedor dos Globos de Ouro Angola, em 2019, com a obra Caça às Bruxas.

Quanto às ligações institucionais de fórum académico e cultural, é membro da União dos Escritores Angolanos, da Academia Angolana de Letras e da União dos Jornalistas de Angola.

 

Por: HAMILTON ARTES

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