Fórum Negócios & Conectividade
OPaís
Ouça Rádio+
Dom, 14 Set 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Homenagem aos camponeses: Heróis da auto-suficiência alimentar

Jornal Opais por Jornal Opais
18 de Novembro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

A liberdade é preciosa, suprema e tem um valor inigualável. A liberdade de pensar, de agir, de ousar, de se amotinar, de viver a própria vida, de falar e expressarse, de ver e ouvir, de comunicar, de ir e vir, de viver o presente e pensar o futuro, de arquitectar o amanhã, de aceitação ou rejeição e, sobretudo, de sonhar, ir atrás dos sonhos e realizá-los.

Poderão também interessar-lhe...

Corrupção e gestão desportiva: Entre a sombra e a luz da integridade

A vergonha do triângulo das mini-saias

Falsificação de idades no desporto em Angola

Tudo isso nos é oferecido pela independência, pela liberdade conquistada a 11 de Novembro de 1975. Mas, como tudo na vida, a liberdade tem de ser conservada de forma abrangente, para que não sejamos dependentes de outros povos no que toca à realização das nossas aspirações e sonhos.

A liberdade implica assumir a responsabilidade de traçar o nosso destino, ter a capacidade de se auto-sustentar e de munir-se de meios e ferramentas para alcançar a independência financeira, económica e patrimonial.

E para que um povo possa ser plenamente dono e senhor do seu destino, tem de, necessariamente, ter a capacidade de produzir, com o seu suor e lágrimas, os produtos básicos e essenciais para a sua sobrevivência, o seu alimento. Não existe liberdade se, para comer, dependemos de outros povos, não existe liberdade se, para nutrir os nossos filhos, temos de estender as mãos e pedir esmolas a terceiros.

Neste mês da independência, vamos homenagear os heróis da actualidade, os que, com o seu suor e lágrimas, nos ajudam a ser livres pela auto-suficiência alimentar, aqueles que, com as próprias mãos, cultivam a terra todos os dias, para garantirem que não falte comida à mesa dos angolanos.

Aqueles que considero os possuidores do poder da paciência, que, debaixo de sol ardente, homens e mulheres, com as suas enxadas, limpam rigorosamente a terra, eliminam o capim e tudo o que poderia constituir obstáculo à plantação, escolhem cuidadosamente as sementes e a dosagem necessária, depositam-nas no solo para germinarem, cuidam daquela esperança e, pacientemente, esperam que ela brote.

Possuidores de uma sabedoria transmitida de geração para geração, os camponeses conhecem a melhor época do ano para o cultivo de cada produto, o melhor solo, os melhores nutrientes, fertilizantes para a terra, muitas vezes produzidos artesanalmente por eles mesmos, o que os torna autênticos especialistas, agrónomos, criativos e cientistas, muitas vezes mesmo sem nunca terem passado por uma escola ou universidade.

Depois do plantio, segue a longa tarefa de cuidar, regar as vezes necessárias, combater predadores, insectos, fungos, pragas e outros males, visando garantir o nascimento e bom crescimento da planta. A nossa liberdade é fruto do sacrifício heróico de milhares de homens e mulheres que trabalham a terra diariamente e tudo fazem para manterem firme esta tão preciosa conquista: a nossa liberdade.

O nosso inimigo número um, actualmente, chama-se fome, e os camponeses são os principais soldados no combate à mesma. A eles devemos toda a honra. Bravos heróis anónimos, homens e mulheres, de forma sobre-humana, lutam para a manutenção da nossa liberdade, embarcam, consciente ou inconscientemente, na maior missão da actualidade, cujo único objectivo é alimentar o povo.

Tal como os nossos heróis do passado: do Processo dos 50, da Revolta dos Camponeses da Baixa de Cassanje, os presos da Cadeia de São Nicolau, da Cadeia de Tarrafal, as vítimas de dezenas de campos de concentração espalhados pelo país, das bases guerrilheiras, os mentores de actividades clandestinas, as vítimas de tensões raciais, os heróis dos sindicatos, jornalistas da Angola combatente, estudantes da Casa dos Estudantes do Império, os movimentos de libertação nacional, os movimentos metodista, tocoísta e tantos outros revolucionários heróicos, que lutaram e morreram pela causa nacional… tal como todos estes, os nossos camponeses são realmente os nossos heróis da actualidade.

Resistem à falta de apoio, à falta de crédito bancário, à falta de posse da terra, ao sol intenso, a secas severas, à dificuldade de escoamento dos produtos, às estradas degradadas e a tudo o que pode condicionar o sucesso da nossa agricultura.

Os camponeses alicerçam a liberdade que vivenciamos nos dias de hoje. A todos os camponeses, de Cabinda ao Cunene, que continuam a manter firme o sonho de ver uma Angola auto-suficiente e que não desistem desse sonho, a nossa mais humilde vénia acentuada, repleta de gratidão e respeito.

A independência foi conquistada, agora precisamos arregaçar as mangas, despir os fatos e lutar para alicerçar a nossa liberdade, garantindo que consigamos produzir e trabalhar a terra, produzir alimentos básicos e fundamentais, com qualidade, em quantidade e a baixo preço, para que todo o angolano tenha o que comer. Muito obrigado, camponesas e camponeses angolanos!

 

Por: OSVALDO FUAKATINUA

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Corrupção e gestão desportiva: Entre a sombra e a luz da integridade

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

No despertar da manhã, em mais uma viagem, em mais uma madrugada de trabalho, hoje, 12 de Setembro, decidimos escrever...

Ler maisDetails

A vergonha do triângulo das mini-saias

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

O que têm de comum a África, América Latina e a Ásia (Médio Oriente)? Laboratórios de e para todos os...

Ler maisDetails

Falsificação de idades no desporto em Angola

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

Há um mal silencioso, persistente e corrosivo que mina a credibilidade do desporto angolano a falsificação de idades. Um problema...

Ler maisDetails

Angola entre a multipolaridade e a segurança estratégica: desafios e oportunidades no Atlântico Sul

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

1 . Introdução O século XXI é marcado por uma crescente competição geopolítica que redefine não apenas as grandes potências,...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

Petro de Luanda “gela” Bento Kangamba, dono do Kabuscorp do Palanca, e conquista Supertaça

13 de Setembro, 2025 - Actualizado a 14 de Setembro, 2025

João Lourenço assiste ao desfile do Carnaval Fora de Época

13 de Setembro, 2025

‎‎Embaixador apresenta concurso sobre a Independência às crianças angolanas residentes no Reino Unido

13 de Setembro, 2025

ANCAF, FAF e ZAP oficializam contrato de transmissão dos jogos do Girabola nesta terça-feira‎

13 de Setembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.