Um pequeno escrito pode levantar várias interrogações e, ao mesmo tempo, demonstrar várias certezas. ontem, por intermédio do jornalista Álvaro Vitória, li algo já relacionado ao day after do presidente João Lourenço, quando estamos há menos de dois anos do fim do seu segundo mandato.
Em poucas palavras, o escriba chamava a atenção para o facto de o presidente chinês, Xi Jinping, poder efectuar uma visita a Angola, embora não exista ainda neste momento qualquer confirmação oficial, nem tão pouco a agenda a ser cumprida pelo líder de uma das mais poderosas potências do mundo.
Caso se concretize, a hipotética vinda de Xiiria engrossar a vasta lista de dignatários estrangeiros que vão cruzando o solo angolano nos últimos tempos, muitos dos quais no âmbito da diplomacia económica defendida pelo presidente João lourenço desde que chegou ao poder.
E os frutos, por mais que se pretenda escamotear, vão surgindo paulatinamente, embora existam aqueles que de um lado dizem não sentir os seus efeitos palpáveis. nos últimos tempos, Angola foi se transformando num ponto de paragem onde aportam dignatários de vários países, muitos dos quais surgem com objectivos concretos que se vão concretizando a nível comercial e económico, assim como nos domínios políticos e desportivos.
A semana passada testemunhou a realização da cimeira União Africana – União Europeia, até então descrita por alguns como sendo uma mera perda de dinheiro, mas cujos resultados poderão ser sentidos longe dos tambores políticos.
Por exemplo, sabe-se que um grupo de responsáveis da união europeia se deslocou às zonas por onde passa o corredor do lobito, o mesmo projecto que muitos a nível interno vociferavam que não iria dar certo, mas que hoje já viu partir das suas linhas certos produtos, incluindo da RDC.
Estamos recordados de que, quando entre nós esteve o presidente norte-americano Joe Biden, um dos entusiastas do projecto, mesmo em fim de mandato, houve quem jurasse de pés juntos que se tratava de uma iniciativa que não iria dar certo.
E ao se ver partir desta plataforma carregamentos de produtos agrícolas para a europa, assim como minerais, demonstra, claramente, que há muitos resultados positivos por virem, o que não deixa de ser agradável para uma juventude que carece de empregos.
Quando li o pequeno texto que enunciei inicialmente, havia nele uma observação sobre os frutos que deveriam ser colhidos por quem, apesar das críticas de alguns sectores, não esmoreceu por ter acreditado que muito do que vem traçando poderá, sim, dar frutos num futuro próximo.
Daqui a alguns anos, quando certamente já não estiver no poder, veremos centenas ou milhares de produtos diversos a serem transportados para a europa e o mundo através do corredor do lobito ou até mesmo das estradas nacionais hoje em reconstrução. e não será sacrilégio nenhum, quando este tempo chegar, que o percurso, embora delineado há dezenas de anos, teve um impulsionador que em determinado momento pode ter sido mal compreendido.
É o que percebi, por exemplo, quando anteontem escutei de um político reclamações pelo facto de não terem estado presentes num dos conclaves que o país albergou, quando muitas vezes se mostram contrários e críticos aos eventos que se organizam.









