Apresente abordagem sustenta-se sob o espectro do funcionalismo da leitura na construção ontológica do homem à luz do processo de ensino e aprendizagem nos diversos estágios de assimilações, de confrontações conceptuais, de interpretações textuais e contextuais, de reconstruções de saberes, de reformulações de sentidos, de aferições objectivas/subjectivas e, sobretudo, como vector de análise que antecede a formação do senso crítico. Daí que, entendemos que a leitura, neste caso, deve ocupar um lugar de relevo nas comunidades escolares.
A escola deve fazer da leitura um modo de vida. A base de toda formação. Pois, o seu funcionalismo devidamente articulado estanca uma série de equívocos sociais, culturais, económicos, políticos e antropológicos, que estrangulam a inclusão, a ética participativa e a cidadania.
Por isso que, a leitura não deve ser propalada, simplesmente, como mera formalidade e sim como instrumento de transformação, de consolidação, como ferramenta de afirmação institucional.
Uma leitura que se faz descategorizada constantemente, que constrói diferentes saberes e se constrói permanentemente sob a sua perspectiva funcionalista. Assim, a que se ter em conta a relação sinuo quanon entre a leitura e a literatura no ensino e aprendizagem para a devida materialização na interpretação dos variados fenómenos.
Pois, ler implica, necessariamente, compreender os espaços não preenchidos, interpretar os sentidos dos enunciados, aferir o não dito, desapegar-se da pre-concebido. Assim, a leitura é um acto de intelectualidade à medida que alarga a nossa racionalidade, reconstrói a nossa visão sobre o mundo, sobre as ciências.
Por meio do seu funcionalismo, ela permite-nos estabelecer diálogo com as diferentes culturas, reforça também o diálogo geracional, o conhecimento sobre o passado, abre janelas de acepções para aproveitamento das experiências, partilha de realidades, eleva a nossa natureza ética e antropológica, proporciona-nos desenvolvimento psicoemocional, semantiza a nossa cosmovisão. A leitura substantiva-se como pilar do progresso civilazional.
E tendo em conta a nossa realidade, desde as condições materiais às espirituais, a necessidade da leitura como sistema de defesa consubstancia-se de suma importância.
A leitura é também um relevante instrumento de intercâmbio sociocultural. Sem a leitura, acreditamos que dificil compreender a natureza, a existência humana e lidar com a dialéctica das sociedades. Assim sendo, o valor funcionalista da leitura é indiscutível no processo de ensino e aprendizagem.
Por: HAMILTON ARTES