Numa altura em que decorre o julgamento dos Generais Kopelipa e Dino, ontem por sinal, houve mais uma sessão, à semelhança de tantos outros processos pelos mesmos motivos, peculato, corrupção, chega-nos de Benguela a informação de mais uma detenção nesse sentido, desta feita recaída à chefe de departamento da Habitação.
A Procuradoria-Geral da República, enquanto fiscalizador da legalidade e no seu exercício jurisdicional, já está no encalço do assunto. Os gestores públicos não podem perder de vista o seu papel de servidores, que estão em determinada função para servir e não para ser servidos, tampouco usarem da respectiva função a seu bel-prazer.
O país tem normas. Por mais que não aceitemos, é preciso tirar o ‘cavalinho da chuva’ de que as coisas continuam as mesmas, não. Os servidores devem ser exemplos de parcimónia, cujo fim último é o bem-estar das populações pelas quais juram servir.
A justiça tarda, mas não falha. Eis mais um exemplo de que o crime não compensa. Esperamos, no entanto, que a justiça seja feita, tanto neste como noutros casos aguardados.