Nos países democráticos, a greve é um direito reconhecido por lei. É a paralisação temporária e colectiva de trabalhadores para reivindicarem melhores condições sociais e não só.
Para se evitar a paralisação das actividades laborais, as partes, trabalhadores e a entidade empregadora, negociam. O consenso, querendo ou não, norteia as conversações.
No entanto, os jornalistas dos órgãos de comunicação social públicos pretendem entrar em greve a partir de segunda-feira. Alegam, em nome do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), incumprimento do ajuste salarial de 58% acordado entre as partes.
Perante os factos, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), entidade empregadora, não discorda, mas propôs numa primeira fase, em Outubro próximo, 27%, sem retroactivos. E em Janeiro de 2026 haverá mais 31% nos termos da progressão de carreira.
Deste modo, o consenso deve ser a bandeira das partes nas negociações. De forma gradual, os objectivos serão atingidos entre ambos os lados. Portanto, havendo acordo entre as partes, vencerá Angola e os angolanos.