OPaís
Ouça Rádio+
Qua, 19 Nov 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Economia: a conjuntura e a estrutura (parte 1)

Jornal Opais por Jornal Opais
11 de Outubro, 2024
Em Opinião

A economia é uma ciência essencialmente social, por isso é fundamental o correcto entendimento do impacto de factos sociais e políticos sobre a esfera económica.

Poderão também interessar-lhe...

China e o caminho da modernização: Olhares a partir de Angola

O povo e o “gosto” pela autocomiseração

A felicidade sob a tirania da visibilidade (I)

Conjuntura e estrutura são dois temas permanentemente presentes na discussão sobre a economia internacional e/ou economias nacionais, agudizando, por si só, a pertinência da sua real compreensão e distinção.

Conjuntura refere-se aos ciclos económicos e políticos de curto prazo, enquanto a estrutura prende-se aos ciclos de médio e longo prazo. Logo, geralmente, uma mudança estrutural implica várias mudanças conjunturais, ao passo que as mudanças conjunturais são susceptíveis de ocorrer sobre a mesma base estrutural.

Uma das principais características da economia é a instabilidade, sendo que a sua ocorrência regista-se por via dos movimentos alternados de expansão e de contração, cuja intensidade e duração é bastante variada (nunca num padrão suave e contínuo).

Pelo que, existe sempre a possibilidade de um país beneficiar de vários anos de expansão económica e de prosperidade, tal como ocorrido em Angola na “mini-idade” de ouro da sua economia (2002 – 2008), podendo o mesmo período ser seguido de uma recessão e de uma crise financeira ou, em raras situações, de uma depressão prolongada.

As fases de expansão e de contração da actividade económica constituem os ciclos económicos típicos das economias de mercado. Em regra, um ciclo económico corresponde a uma oscilação do produto, do rendimento e do emprego nacionais totais, com uma duração habitual de 2 a 10 anos, caracterizada pela expansão ou contração generalizadas de muitos sectores da economia.

A periodicidade dos ciclos de crescimento pode ser de curta, média ou longa duração. Na fase de prosperidade e/ou expansão, o produto total da economia cresce seguido de incrementos dos investimentos, empregos, rendimento e consumo.

Por sua vez, na fase de recessão ocorre exactamente o oposto. Ou seja, verifica-se uma diminuição do produto nacional, dos lucros e do rendimento real e um elevado aumento da taxa de desemprego, levando várias famílias a perderem a sua principal fonte de rendimento.

Sendo que, no curto prazo, pode-se mensurar o crescimento económico através dos indicadores de produção industrial; do nível de emprego e de rendimentos médios e marginais do trabalho; da formação bruta de capital fixo ou dos investimentos; do volume de vendas a grosso e a retalho; do volume das exportações e das importações; do volume de crédito, entre tantos outros.

Os indicadores de conjuntura são um grande número de variáveis económicas, que se encontram múltiplas e complexamente relacionadas, nomeadamente: produção, stocks, população efectivamente empregada, taxas de juro, receitas e despesas públicas, dívida pública, taxa de formação de capital, rendimento nacional e índices de preços, etc.

Sendo que a análise conjunta das flutuações desses indicadores dá um panorama da real situação económica enfrentada pelo país. No plano microeconómico, por um lado, o comportamento individual dos agentes económicos e das famílias altera a procura em resposta das suas decisões relativas à proporção dos seus rendimentos destinada ao consumo, à poupança e/ou ao investimento.

E, por outro lado, as decisões dos empresários relativametne à afectação dos seus excedentes económicos (lucros), principalmente a parte destinada directamente ao circuito produtivo (investimentos), interferem tanto sobre a oferta de bens e serviços quanto sobre a procura por trabalhadores.

Por sua vez, no plano macroeconómico interno, a condução da política económica por via da tributação (receita fiscal) e da política fiscal e cambial, impacta tanto a produção e a procura total quanto, consequentemente, o nível de emprego.

Além dos juros, impostos e taxa de câmbio exercerem papel preponderante na formação do nível de preços, também funcionam como sinalizadores no processo de tomada de decisões dos agentes económicos, uma vez orientarem definições relacionadas à produção, investimentos, consumo e poupança, exportações e importações, entre outros.

Não obstante grande parte das variáveis macroeconómicas flutuarem conjuntamente, fazem-no em ritmos distintos. Dito de outro modo, variações na produção de bens e serviços estão estreitamente correlacionadas com alterações na utilização da força de trabalho; verifica-se um aumento da taxa de desemprego quando há um declínio do Produto Interno Bruto (PIB) real, verifica-se um aumento da taxa de desemprego quando as empresas decidem reduzir a produção.

Apesar da geração de emprego ser fundamentalmente explicada pelo nível de investimento, o nível de actividade económica e, consequentemente, o grau de utilização da capacidade produtiva instalada depende estreitamente do nível de ocupação da força de trabalho, que, por sua vez, são condicionados pelo comportamento da procura agregada.

 

Por: WILSON NEVES

*Economista

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

China e o caminho da modernização: Olhares a partir de Angola

por Jornal OPaís
18 de Novembro, 2025

Era uma manhã cinzenta em Luanda – parece que o cacimbo não pretende ir embora – quando me sentei para...

Ler maisDetails

O povo e o “gosto” pela autocomiseração

por Jornal OPaís
18 de Novembro, 2025

Desde tenra idade aprendi que o saber não ocupa lugar, compreendi que o aprendizado serve sempre de guia para o...

Ler maisDetails

A felicidade sob a tirania da visibilidade (I)

por Jornal OPaís
18 de Novembro, 2025

Até que ponto o desejo de mostrar o que vivemos não nos faz viver menos o que mostramos? A contemporaneidade...

Ler maisDetails

Carta do leitor: Senhor André Ventura, Angola é um país digno!

por Jornal OPaís
18 de Novembro, 2025
DR

Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, votos de uma boa terça- feira. Escrevo a partir do município de Cacuaco para tratar...

Ler maisDetails

Luanda acolhe 10.ª reunião das Zonas Económicas de África

18 de Novembro, 2025

Angola vai receber 500 milhões de doses de vacinas da GAVI

18 de Novembro, 2025

Angola e Bélgica abordam questões de interesse bilateral

18 de Novembro, 2025

Tribunal Supremo retira quatro dos 11 crimes a Isabel dos Santos

18 de Novembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.