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Do Tarrafal ao laboratório de quadros

Jornal Opais por Jornal Opais
14 de Março, 2025
Em Opinião

Alberto Correia Neto (Man Beto) é filho do município de Kimbele, onde nasceu no dia 8 de Julho de 1949. Em menino, na vila só existia uma escola primária que raramente estava aberta um ano lectivo completo.

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As professoras ou professores primários ali colocados rapidamente desapareciam. Não se adaptavam “à vida do mato” e metiam atestados médicos de longa duração ou simplesmente abandonavam o serviço.

O ensino oficial era intermitente, mas o Kimbele é ainda hoje um farol da cultura angolana. E esse nível cultural levava a que muitas famílias se deslocassem para o Uíje ou mesmo Luanda a fim de garantirem um estabelecimento de ensino para os filhos.

O menino Alberto Correia Neto seguiu para Luanda com a família, ficando a viver no Bairro Indígena, território de assimilados. Foi estudando em todos os graus de ensino até que a militância no MPLA o levou à prisão.

Foi preso no final dos anos 60, nos seus verdes 20 anos. Em Maio de 1970, Alberto Correia Neto foi deportado para o Campo de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde. Graças ao 25 de Abril foi libertado.

Mal desembarcou em Luanda, foi imediatamente para o Centro de Instrução Revolucionária, na IIª Região Política e Militar, Cabinda. Kimbele, farol da cultura angolana e berço de Alberto Correia Neto (Man Beto).

Bairro Indígena, território que fornecia militantes revolucionários para a Luta Armada de Libertação Nacional. E, por fim, Cabinda, o Laboratório de Quadros do MPLA.

Na província, ainda encontrou os grandes comandantes que fizeram da província área libertada. A tropa portuguesa foi remetida para a quadrícula dos quartéis e, quando os militares ocupantes se moviam, eram atacados em emboscadas mortíferas.

O General Alberto Correia Neto chegou a Cabinda e algum tempo depois o governador e comandante militar, brigadeiro Temudo Barata, tentou dar um golpe militar para entregar o território a Mobutu, por intermédio da FLEC, que o nomeou “militante de honra”.

Nesta altura, o jovem combatente do MPLA encontrou, entre outros Heróis Nacionais, os Comandantes Ndozi, Eurico, Kimba, Foguetão, Kianda ou Max Merengue.

Teve boa escola. No CIR Kalunga, foi companheiro de João Lourenço, Bornito de Sousa, Ary da Costa, Altino, Saturnino e outros jovens que foram decisivos na Guerra da Transição, na Guerra pela Soberania Nacional e na liquidação da rebelião armada.

Já com a saúde abalada, como confidenciou aos camaradas presentes, participou na festa de aniversário do seu companheiro de trincheira, General Nzumbi.

Ambos lutaram pela Pátria no Cuanza Sul, em 1975 e 1976. Ninguém sabia, nem os nossos kimbandas podiam adivinhar, que foi último kandando aos companheiros de longas caminhadas e convívios, de intermináveis horas de luta nas operações, nos Postos de Comando, na linha da frente.

Aberto Correia Neto teve um papel importante na mobilização dos jovens para a defesa da Pátria. Foi comissário político da Força Aérea Popular de Angola/DAA e depois comandante da arma. Foi igualmente Chefe do Estado Maior Geral das FAPLA.

Fez o seu Curso Superior de Guerra em Moscovo. Mais tarde, o Presidente José Eduardo dos Santo chamou-o para a diplomacia. Foi adido militar em vários postos e depois Embaixador até se reformar.

Com a morte do General e Embaixador Alberto Correia Neto, Angola viu partir mais um Herói Nacional e um construtor da Pátria Angolana. Prova de que nem todos os Bacongos traíram a Pátria.

 

Por: ALBERTO KIZUA

*Tenente-General

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