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Divagações filosóficas – culto ao pensamento crítico e a construção de um sacerdócio à razão [Pura]

Jornal Opais por Jornal Opais
6 de Janeiro, 2025 - Actualizado a 7 de Janeiro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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O homem é na sua essência um ser racional , por isso a razão constitui-se como a faculdade mais nobre do ser humano. Por conseguinte, a preocupação com a saúde racional é imperiosa porquanto é sobretudo ela que permite, do ponto de vista ontológico, o homem ser considerado homem.

A pessoa humana deve ser entendida sempre como um ser crítico capaz de usar a razão livremente em todos os momentos e contextos possíveis de sua vida.

Assim, todos os males que inibem o ser humano de usar a razão devem ser diabolizados e, consequentemente, combatidos – falamos da limitação de algumas liberdades fundamentais, manipulação e alienação, por exemplo. Deste modo, a educação torna-se um antídoto imprescindível para o combate desses males.

Decerto que não é qualquer educação que se vai obviar como a cura da enferma irracionalidade , mas sim aquela que se apresenta de modo eclético e asssenta-se em uma liberdade tal que impactua o homem a actuar em plena consciência e liberdade.

Nesta perspectiva, considera-se a razão um instrumento para a realização da eticidade e a prática da cidadania, tornando-a um meio valioso na medida em que nela se encerra a concretização de inúmeros valores humanos como a socialização, intelectualidade e outros.

Com efeito, deve-se realçar a importância de elevar ao olimpo axiológico, quase a um nível de culto, o pensamento crítico, a racionalidade, visto que é o valor mais nobre do ser humano e uma conditio sine quam non para a existência da sociedade.

No entanto, como sabemos, a razão e a capacidade crítica são valores inatos ao ser humano, inscritos na essência do homem, isto é, o homem nasce com estes valores, em potência, e precisa-se de que esses sejam estimulados, atiçados através de diversos meios como a escola, por exemplo, ou a menos devia assim ser; a escola e todos elementos nela envolvidos devem/deviam ser um meio para desenvolver a razão, o pensamento crítico e outros valores, não realizando tal princípio teleológico, pode-se tê-la como má, obviamente, de ponto de vista ontológico, o que nos permite questionar: que escola temos ? Até que ponto a razão e o pensamento crítico têm sido elevados? Uma verdadeira escola não pode servir a escravidão intelectual e contribuir para a manipulação e alienação das pessoas através de informações pouco credíveis, ou ainda com o fito de beneficiar uma classe social em detrimento de outra.

A escola é a instituição apropriada para a elevação da razão e de outros valores similares , ela é o Moisés que liberta de qualquer forma de opressão, mormente, a intelectual e não pode formar pessoas instrumentalizadas, mecanizadas incapazes de exercitar a cidadania, o valor supremo da democracia.

Não será a escola um instrumento que contribui para perenidade da democracia? Pois bem, nos dias de hoje, fala-se amiúde da (in) existência de uma massa intelectual assaz crítica (in)capaz de actuar e exercer uma cidadania livre, no entanto é uma realidade difícil de alcançar quando a escola não cumpre o seu real papel.

Não só a escola, os media também devem constituir-se num meio para propagar a criticidade no seio da sociedade, uma vez que eles têm um papel influenciador muito relevante, por consequência o professor e o profissional da comunicação social ou jornalismo devem exercer uma espécie de sacerdócio que eleva a razão como o valor mais nobre do ser humano.

Devem constituirse num modelo que influencia na demcratização do pensamento crítico e livre, ou seja, os verdadeiros sacerdotes da razão (pura). Não se observa esta virtude enraizada em algumas sociedades, porque esses dois meios têm deixado a desejar e na sua maior parte estão ligados a um sistema que e aproveita da alienação e manipulação social para perpetuar-se o que dificulta a formação de indivíduos capazes de alcançar parte de seu potencial.

Por outra, as pessoas neste caso tornam-se pouco críticas e são facilmente escravizadas, já que desconhecem os seus direitos e deveres e até quando conhecem não conseguem questionar, permitindo a sua própria instrumentalização e até em muitos casos servindo-se de cipaios intelectuais.

Daí o pensamento crítico, a razão, a liberdade intelectual não devam ser jamais negligenciados e qualquer governação deverá facilitar a sua dessiminação para que possa propor um bem-estar e qualidade de vida duradouras.

Um problema como a corrupção, que tem sido a bandeira de toda África subsariana, encontra uma sumidade, porque, simplesmente, a maior parte dos estados desta região contentam-se e até sustentam o estado de alienação e manipulação social que os seus povos vivem.

Não criam políticas que desconstroem esses males sociais por serem liderados por africanos orgulhosos de forma mórbida e que deturpam os valores mais autênticos das sociedades africanas.

Destarte, a elevação da criticidade é o combate não só contra todos estes problemas como também contra todos os fenómenos que nalguns momentos podem constituir-se em ópio do povo, falamos da religião e da política.

Nestas paragens, facilmente uma religião enraizase, um partido demagogo instituise, qualquer manifestação cultural insere-se, um artista de pouca qualidade é visto como enorme, verifica-se sempre uma porca e vergonhosa inversão de valores por conta da fragilidade do pensamento crítico; sem ele qualquer fenómeno negativo é capaz de embebedar o povo e deixá-lo fragilizado, logo é importante referir que a razão e valores similares devem ser valorizados e elevados (ao ponto de ser cultuados) para que o homem possa realizar-se a si mesmo a fim de alcançar o seu fim último, a entelejeia.

 

Por: FERNANDO TCHACUPOMBA

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