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Como podemos todos fazer melhor. Será que a culpa vem sempre de cima?

Jornal Opais por Jornal Opais
11 de Dezembro, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Certa altura, perguntaram à Madre Teresa de Calcutá se ela estava orgulhosa do muito que tinha feito pelo mundo.

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Ela, na sua habitual humildade, respondeu que o que ela fazia era uma gota no oceano, mas sem essa gota o oceano ficaria mais pobre. Será que estamos a pôr a nossa gota no oceano quando nos referimos aos outros? Angola está a passar por um momento difícil e desafiador, dirão alguns.

É precisamente nestes momentos que a noção de valor agregado, missões conjuntas e consciência colectiva são essenciais para ultrapassar adversidades.

Não tenho tendências partidárias muito menos ligações, pelo que me sinto totalmente confortável em perguntar se será a melhor opção olharpara cima, exigir, criticar, lamentar e nada fazer?

É oportuno questionar para o bem de todos:

1. Será que só o Presidente da República é pode de facto mudar o país?

2. A mudança do rumo da Nação é apenas da responsabilidade dos governantes?

3. Serão apenas as hierarquias que podem transformar a realidade?

Não. A resposta é não. Tal como o saudoso Nelson Mandela fez, quem está no topo pode influenciar através de convicções fortes com excelente capacidade de comunicação.

Não é bom apontarmos o dedo e continuarmos sentados. Quem tem mais poder tem consequência imediata e maiores responsabilidades:

1. Cada um de nós presta devidamente atenção às mensagens provenientes do topo da Nação. O que faz?

2. Altera comportamentos que nos façam hoje diferentes de ontem?

3. No dia a dia, como anda a nossa empatia? Preocupamo-nos mais com os outros? Ajudamos objectivamente, estamos mais próximos? Solidários e principalmente altruístas?

4. Quando estamos nos almoços ou jantares, somos uma gota para ajudar a mudar consciências?

Falamos por conveniência ou queremos ajudar a mudar paradigmas e crenças que estão a prejudicar o país?

5. A nível profissional estamos a fazer o quê?

Inscrevemo-nos recentemente em algum curso (mesmo que a empresa não pague – há formações grátis na internet)? Mudámos a nossa atitude?

Estamos mais pró-activos, participativos, exigentes connosco ou continuamos apenas a aguardar pelo dia 25?

6. Sobre a corrupção, como nos posicionamos sobre ela?

Somos vítimas das circunstâncias ou ferozes e convictos disciplinadores da nossa moral? Há quem acredite que os seus verdadeiros valores e crenças são os princípios que se defende?

Os nossos valores veem-se pelas nossas acções. São as nossas acções que determinam aquilo em que acreditamos.

Então, como criticar a corrupção, como criticar o individualismo, como criticar o despesismo alheio, como criticar a moral e ética dos outros, se estamos também comprometidos objectiva e activamente com estas atitudes, seja por acção ou omissão?

É essa a verdade e é por isso que muito há para se fazer. E muito há para fazer porque olhamos para cima e esperamos que o milagre aconteça.

Não será assim, nem nunca foi. É a colectividade, a sociedade, todos nós que, ao mudarmos, vamos mudar o país. Formadores na área da inteligência emocional sabem que esta se divide em quatro: auto-consciência, auto-regulação, empatia e competências sociais (em tempos havia mais uma – auto motivação – mas hoje habitualmente não abordada).

Analisando estas quadro competências, compreendemos facilmente que todas são essenciais para a actualidade de Angola. Contudo, foquemo-nos na primeira.

A auto-consciência, que consiste em nos avaliarmos, sabemos quem somos, conhecermos as nossas próprias forças, fraquezas, motivações, valores e impacto nos outros.

Muitos criticam, apontam o dedo e, sem disso darem conta, fazem precisamente o mesmo. Não se conhecem portanto. É na cumplicidade que nascerá a mudança e na resiliência que virá a transformação. É por isso que, urgentemente, precisamos de:

1. Governantes com uma missão clara. Paixão, orgulho, um desígnio interno que contagia. Consciência de servir um bem maior que ele(s) próprio(s);

2 .Colaboradores mais interventivos, activos, com mais atitude e que procurem elevar-se dia após dia;

3. Projectos nacionais e corporativos de formação – não são formações avulsas, sem um firme propósito. São estratégias de desenvolvimento e monitorização de competências a médio e longo prazo;

4. Uma sociedade mais unida. Menos individualista. Que rasgue com velhas crenças. Que perceba que é ela que muda e vai mudar o país.

O bem ou mal de um país não diz respeito apenas a quem o governa. Ponto final. Obviamente, há responsabilidades acrescidas (e sobre elas responde), mas o motor desses resultados é a comunidade no geral.

Como poderá uma pessoa, duas ou três, controlarem, validarem e orientarem tudo o que num país se passa?

Você conseguiria? Como disse John Kennedy, no seu discurso de tomada de posse como Presidente da República dos Estados Unidos da América – “Não perguntem o que pode o país fazer por vocês, mas o que podem vocês fazer pelo país”.

E é mesmo este o ponto actual de Angola. Fale-se, critique-se, aponte-se, mas tenhamos a coragem de fazer diferente! Vamos juntar esforços e lembrar a famosa frase de Alice no País das Maravilhas – “Não posso voltar para o ontem, porque lá eu era outra pessoa”. Vamos ter orgulho de hoje sermos pessoas diferentes de ontem.

 

Por: CARLOS PARROTES

*Formador | Consultor

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