Caro coordenador do jornal OPAÍS, saudações e votos de uma óptima terça-feira. Escrevo a partir do Bairro Operário, localizado em Luanda. Na verdade, preservar os bens públicos é um dever cívico e um sinal claro de respeito pelo futuro colectivo.
Esses bens, como escolas, hospitais, transportes, estradas e patrimónios culturais, são construídos com recursos de todos e para todos. Vandalizá-los é um acto de desrespeito ao nosso Estado e de agressão à própria população, especialmente aos mais pobres, que mais dependem desses serviços.
Quando alguém destrói uma paragem de autocarro, por exemplo, não está a atingir o governo. Está a dificultar a vida de quem espera transporte todos os dias para trabalhar, estudar ou buscar a tendimento médico. Vandalizar uma escola é atacar o direito à educação de centenas decrianças.
Além disso, os cústos com reparações de bens vandalizados retiram recursos que poderiam ser investidos em melhorias reais. Cada muro pintado com mensagens obscenas, cada banco partido ou cada poste derrubado é um dinheiro que poderia ir para mais salas de aula, mais medicamentos, mais saneamento.
Por isso, preservar o que é público é uma atitude de responsabilidade, de a moràcidade e deconsciência social. Quem protege um bem público está a proteger a qualidade de vida de todos, inclusive a sua própria. O verdadeiro cidadão é aquele que cuida, denuncia e educa os outros para o respeito ao que é de todos.
POR:Carlos Pereira Luanda, São Paulo









