À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima quinta-feira! Eu acredito que prevenir acidentes de viação é, acima de tudo, uma questão de responsabilidade colectiva.
Não adianta culpar apenas o governo ou os condutores, até porque cada um tem o seu papel nesse tabuleiro caótico de rodas. Não tenho dúvidas de que a estrada não é um campo de batalha, embora muitos a tratem como tal.
Logo, a prevenção começa na consciência in- dividual. Temos que perceber que a má condi- ção das estradas também é um factor gritan- te. Buracos e falta de sinalização formam, na verdade, um “cocktail” perigoso para quem se atreve a conduzir à noite. Penso que o in- vestimento em infra-estrutura segura de- veria ser tão prioritário quanto em petróleo ou construção civil.
Só que, em muitos paí- ses, segurança rodoviária ainda é vista co- mo luxo e não como política de salvação de vi- das. Como resultado, temos verificado muitos acidentes.
A educação rodoviária é outro pi- lar esquecido, sendo que ensinar desde cedo o valor da prudência no trânsito é criar adultos mais conscientes ao volante. Entendo que as autoridades de trânsito também têm de fazer o seu papel com seriedade.
Multar por multar não resolve. A propósito, é mesmo preciso fiscalizar com justiça e não transformar a estrada num espaço de extorsão.
Por: Luís Pedro Cunha, Samba









