Ilustre coordenador do Jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima quinta-feira! Encontrar a verdade material e cumpri-la à risca faz parte da ética e deontologia profissional.
As redes sociais são o espelho torto da nossa era: mostram muito, distorcem tudo.Muita gente entra nelas para se informar ou se distrair, mas acaba presa num ciclo de comparação e ansiedade.
O perigo começa quando o utilizador deixa de perceber a diferença entre o que é real e o que é mostrado. Perfis perfeitos e vidas editadas passam a servir de referência, e o resultado é um exército de pessoas frustradas com a própria rotina. Outro risco é a manipulação da informação.
O que parece ser “opinião popular” muitas vezes é estratégia de influência, publicidade disfarçada ou pura desinformação. A velocidade com que as notícias falsas se espalham é assustadora, e a maioria nem se dá ao trabalho de confirmar nada antes de partilhar.
Assim, a mentira ganha status de verdade, e o senso crítico vai para o ralo. Há ainda o problema da exposição excessiva. As pessoas entregam a própria intimidade em troca de curtidas, esquecendo que nada some da internet.
Fotos, opiniões e até localizações viram dados valiosos para empresas e, em casos piores, para criminosos digitais. A ingenuidade de “não tenho nada a esconder” é a porta de entrada para invasões de privacidade, golpes e chantagens.
POR: Carlos Lopes, Namibe