À coordenação do jornal OPAÍS, saudações e votos de óptima disposição nesta quinta-feira! Apesar de nascer em Luanda, capital do nosso rico e belo país, Angola, sou leitor assíduo do vosso jornal a partir da cidade do Lubango, província da Huíla, onde vivo e trabalho.
Foi com espanto que li no vosso título a notícia de que o detento de uma das cadeias da província, numa briga, mordeu o dedo de um agente dos serviços prisionais e, ao mesmo tempo, engoliu. O caso é insólito e é motivo de conversa de bar na cidade da Huíla e arredores, apesar de ter ocorrido em 2019, segundo as autoridades, que agora julgam o caso tipificado como crime nos termos da lei penal vigente em Angola.
Depois do sucedido, alega-se que o detento que “comeu” o dedo alheio foi submetido a actos de tortura, quiçá, por ordens superiores.Esse, por sua vez, não resistiu à pancada e acabou por morrer.
No entanto, as autoridades, ao se aperceberem, moveram um processo judicial, o qual transitou. Está a decorrer no Tribunal supremo em Luanda. são mais de 10 efectivos. A acção do detento e dos supostos agentes acusados mostra que a situação é grave e leva a crer que, mais do que o dedo, teriam acontecido outras coisas piores entre o preso e o funcionário.
Isto mostra que a relação de trabalho entre os agentes e os prisioneiros não tem sido das melhores. É um facto que deve pôr todo o mundo a reflectir.
A cadeia tem a missão de reabilitar o detento ou preso para ter novo com- portamento.Por conta disto, a corporação fica suja e é o nome da província que fica na ordem do dia por se comer o dedo do agente dos serviços prisionais. Que situação!
POR:Domingos Ukapapalé,Lubango