Saudações, caros compatriotas do jornal oPAís! mando esta missiva para descrever uma situação que para muitos deve ter sido esquecida, mas que é importante voltarmos a falar: o projecto de extensão da estrada Nacional 100, que sairia do hotel lukweko até à barra do Kwanza.
Lembro perfeitamente que foi lançado em setembro de 2023, pelo então governador de Luanda, Manuel Homem e estava previsto ser entregue em 24 meses (dois anos). No último sábado, o Governo Provincial de Luanda, através do titular da pasta, Luís Nunes, fez a entrega de meios diversos — entre viaturas, cadeiras de rodas e motorizadas — à administração municipal de Belas.
Para facilitar a mobilidade dos funcionários administrativos, bem como ajudar (no caso das cadeiras de rodas) quem mais precisa. Sem desmerecer a utilidade desses apoios, que certamente terão impacto no quotidiano de alguns serviços e de pessoas com necessidades especiais, não posso deixar de notar uma contradição gritante.
Enquanto se fazem cerimónias para distribuir estes bens, a obra da estrada Nacional 100, vital para a mobilidade de milhares de cidadãos que diariamente enfrentam engarrafamentos e riscos de segurança, continua por concluir.
A conhecida estrada do ramiro, que actualmente tem registado muita movimentação de pessoas e bens, constitui um perigo para muitos, inclusive para os funcionários da administração municipal de Belas (cuja sede passou recentemente para o ramiro).
Com apenas duas faixas de rodagem (uma descendente e outra ascendente), tínhamos a fé de que o “bonito projecto” de extensão da estrada, que contempla mais duas faixas, separadores, postes de iluminação, retorno, bermas e passeios, seria executado, mas ao que nos parece não constitui ainda prioridade para aqueles que nos governam.
Pior: já ultrapassou o prazo inicialmente previsto para o seu término, sem que haja explicações claras ou sinais concretos de avanço. A população de Belas não precisa apenas de viaturas e motorizadas para circular em vias congestionadas e esburacadas.
Precisa, sim, de uma infraestrutura rodoviária digna, que facilite a circulação de bens e pessoas, melhore o tempo de deslocação e reduza os acidentes. Urge que o Governo Provincial de luanda reveja as suas prioridades: os meios entregues são importantes, mas não resolvem o problema central da mobilidade.
A estrada Nacional 100 continua à espera de atenção séria e imediata.Conversem com o empreiteiro(A OMATAPALO)ou com o responsável da obra (INEA) e arranjem, por favor, uma explicação para o povo.
POR: Kifonda Augusto, Ramiro – bairro mata- douro









