À coordenação do jornal O PAÍS, saudações e votos de óptima quarta-feira! Nos últimos dias, as redes sociais e os órgãos de comunicação social divulgaram a confusão entre dois agentes da Polícia Nacional no município de Cacuaco, em Luanda.
Durante a briga, segundo relatos, um dos agentes, presume-se, não estava a aguentar, como é evidente, já no chão, ainda com forças, sacou uma granada do bolso. Acto, contínuo, descavilhou e lançou contra o agressor, causando a morte de uma pessoa e vários feridos por conta dos estilhaços.
O acto foi condenado pela vizinhança, pois demonstra a desorganização que há no seio das forças de defesa e segurança. Isto representa insegurança e ao mesmo tempo remete os cidadãos para o tempo em que opaís estava em guerra e as instituições quase que não funcionavam Basta lembrar que o então mercado do Roque Santeiro, no Sambizanga, e outros bairros periféricos de Luanda, eram propícios para os desmandos dos soldados que escalvam Luanda depois da frente de combate.
Esses descavilhavam e lançavam granada no Roque Santeiro e se apropriavam de alguns bens de primeira necessidade. No bairro, nas casas da bebida, saía sempre confusão e o cenário era assim.
Depois de 2002, isso passou e o uso execessivo de granadas, por parte dos militares, foi enterrado com a chama da Paz em Angola. Viva a Paz sempre! Ora, espanta-me ouvir e ver nas redes sociais dois agentes da Polícia Nacional lutarem e um deles depois lançar uma granada.
Não se admite. Penso que alguma coisa não vai bem no nossos órgãos, tudo indica que se está a tapar muito o sol com a peneira. Está demais e tudo é levado de ânimo leve.
Não pode ser. Penso que não se pode brincar com material bélico como se fosse batata doce. Que situação!
POR: Rúben Kimpwanza, Panguila