Vivemos em uma era marcada pela velocidade da informação, onde tudo está ao alcance de um clique. Tablets, celulares e computadores se tornaram parte do nosso quotidiano, inclusive no ambiente escolar.
No entanto, é preciso reflectir: será que a tecnologia pode substituir completamente o livro físico? A resposta é não. E mais do que isso, essa substituição apressada pode estar prejudicando a formação das novas gerações.
Aprender com o livro é diferente. O livro exige atenção, disciplina e concentração. Ele ajuda no desenvolvimento da leitura crítica e da escrita correta. Quando uma criança cresce folheando livros, ela aprende o valor da leitura como hábito, não como obrigação.
Já com o tablet, é fácil se perder em jogos, vídeos e distracções que não contribuem para a formação educacional. É comum ver crianças que mal conseguem escrever correctamente, porque a autocorrecção dos aparelhos faz tudo por elas.
O resultado? Uma geração que lê pouco, escreve mal e se expressa de forma péssima. Além disso, há uma consequência ainda mais grave: a tecnologia nos aproxima do mundo virtual e, muitas vezes, nos afasta do real. Famílias que antes conversavam à mesa agora estão cada uma em uma tela.
Crianças e adolescentes vivem conectados, mas isolados. Falta diálogo, falta convivência. A educação começa dentro de casa, e os pais precisam dar o exemplo: desligar o celular e abrir um livro. Não se trata de negar os avanços tecnológicos. Eles são importantes, têm seu lugar e oferecem muitas ferramentas úteis.
O problema é uando passamos a depender apenas deles, esquecendo o essencial. Precisamos ensinar nossas crianças a equilibrar o uso da tecnologia com o valor do conhecimento tradicional. Ler livros, escrever à mão, aprender com calma, isso forma cidadãos conscientes e preparados para o futuro.
Por isso, é hora de voltar à base. De valorizar o que realmente importa. De ensinar nossos filhos a amar os livros, a escrever com clareza e a pensar com profundidade.
A educação não pode ser substituída por uma tela. VAMOS EDUCAR A SOCIEDADE A LER LIVROS, A ESCREVER, A CONVERSAR. Porque aprender com livro é, sim, diferente. E faz toda a diferença.
Por: BAPTISTA TAVARES
Comunicólogo