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A utilidade das normas gramaticais no ensino de uma língua: Uma análise reflexiva a vertentes normativista e sociolinguística

Jornal Opais por Jornal Opais
1 de Novembro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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O conhecimento interiorizado que todo falante possui, desde os recursos gramaticais da língua à sua capacidade para compreendê-los e utilizá-los nas mais distintas situações comunicativas, é denominado de competência gramatical.

Do mesmo modo, a capacidade de produzir e depreender frases adequadas ao seu contexto, por parte do utente da língua, consoante a sua cultura e sociedade em que se encontra, denomina-se por competência comunicativa.

Para melhor situarmos a nossa abordagem inicial, Scrivener (2005:227) afirma que a gramática remete, de modo geral, para os padrões generalizados da língua e à nossa capacidade de construir novos sintagmas e frases por meio de combinações de palavras e de regras gramaticais.

Tendo em conta o conceito acima, a gramática está relacionada com os padrões, as formas da língua e com a nossa habilidade para produzir discursos de forma variada, partindo das componentes inerentes à língua.

Em contrapartida, devemos compreender que o ensino da gramática é muito mais do que explicar tão-somente regras/ normas morfossintácticas de uma determinada língua, opondo-se à ampla percepção normativista que se tem da mesma.

Além disso, devemo-nos ater aos seus aspectos discursivos e pragmáticos, na medida em que o papel desempenhado pela gramática, nas aulas de línguas, é mais abrangente e reflexivo, com realce ao conceito de competência no âmbito comunicativo.

De acordo com Gomes, Santos e Lima (2019:2), a gramatica normativa, por ser de carácter precritivo, velando-se da padronização de uma língua, tem sido alvo de inúmeras críticas por parte de linguistas que, interessados na descrição e explicação dos actos da fala, construídos nas situações de uso, criticam a gramática como um catálogo de regras para um escrito exemplar, na qual, tudo o que não é previsto é excluído como desvio.

Ao contrário dos autores supracitados, Vilela (1993:144) assevera que a gramática dá ao estudante a capacidade de poder agir linguisticamente, de comunicar, de analisar textos e suas normas, sensibilizando o aluno para a língua: como meio de vida e actuação.

Assim, o domínio das normas gramaticais leva ao desenvolvimento das habilidades linguísticas do aluno no contexto de comunicação, assim como na análise e produção de textos com relação às normas vigentes na língua.

O processo de ensino e aprendizagem das normas gramaticais tem, como objetivo, adquirir uma certa competência gramatical, com vista à sua utilização em situações adequadas e contextualizadas.

Do mesmo modo, Lamas (1991:66) faz menção de que o ensino da gramática visa, entretanto, ao aperfeiçoamento da utilização da língua, à sua melhor e mais fácil comunicação, a um conhecimento crescente e a uma mais harmoniosa inserção no mundo.

Por outro lado, Duarte (1997:70) sugere três tipos de objectivos para o ensino da gramática: 1- A necessidade de uma ferramenta gramatical como instrumento; 2- Objectivos relacionados com o desenvolvimento de valores; 3- E, por último, os objectivos gerais e específicos de natureza cognitiva. Segundo autora acima, os objectivos não são apenas linguísticos, pois o ensino da gramática visa ainda ao desenvolvimento de valores nos alunos, melhorando, não somente a sua autoconfiança linguística, também a tolerência cultural e linguística dos mesmos.

Ainda, contribuem no desenvolvimento das capacidades cognitivas, na medida em que este ensino deve, de igual modo, ser entendido como uma reflexão sobre a língua guiada pelo professor.

No entanto, urge reanalisarmos o ensino da língua, de modo a olharmos para os conceitos referentes ao estudo gramatical. Ademais, a língua de ser vista de uma maneira diferente, de maneira a sustentar o objectivo de aprimorar o desempenho do aluno, bem como desenvolver as suas valências nas modalidades orais, leitoras e escritas. Referências Bibliográficas DUARTE, I. (1997).

Ensinar Gramática: para quê e como? GOMES, E.N., SANTOS, D.L., e LIMA, F.R. (2019). O Ensino do Pleonasmo na Escola Básica: por uma abordagem reflexiva e interacionista no tratamento da figura de linguagem e do vício de linguagem em aulas de Língua Portuguesa.

Cadernos Cajuína. LAMAS, E. (1991). Problematizar o Ensino da Gramática. In AA.VV., Actas do 2.º Encontro nacional de Didácticas e Metodologias de ensino. Aveiro: Universidade de Aveiro. SCRIVENER, J. (2005). Learning Teaching.

Oxford: Macmillan Books for teachers. VILELA, Mário (1993). O Ensino da Gramática na Escola: que Saída e que Justificação?. Diacrítica. Professor Feliciano António de Castro (PROFAC).

 

Por: FELICIANO ANTÓNIO DE CASTRO

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