É uma dor saber que o sistema educativo angolano valoriza mais a “maldita avaliação sumativa” do que a FORMATIVA; e o mais caricato é que classifica(m) os melhores através dasnotas.
(Que barbaridade!!!) Essa maldita avaliação sumativa é mais uma viagem na tendência liberal tradicional (passado), pois não permite fazerintervenções para o melhoramento do aluno, não trabalha,muitas vezes, a personalidade e o pensamento crítico dos discentes.
Essa avaliação acaba por inibir e vangloriar osalunos, é através dela que vejam quem é ou não o melhor. E eles, pupilos, acabam criando um espírito de competição, orgulho e desunião, na medida em que cada um vai quererestudar mais e não compartilhar os seus conhecimentos, paraquando chegar o momento da tal prova serem bem sucedidos. E isso não é a função da avaliação, muito menos é a função doprofessor.
“O angolano é tão egoísta que esconde a verdade ao seuirmão.” Quando o meu colega Romeu Ribeiro, ele mesmo, fez mençãodessa frase, fiquei boquiaberto porque era muito profunda,porém não percebi o porquê dele fazer menção dessabelíssima frase, foi assim que ele começou a dizer: — “Quando a professora deixa um tema a um colega para defender na próxima semana, os outros também investigam e encontram mais informações sobre o mesmo assunto, entretanto não compartilhem com o colega que vai defender, guardam para apresentar no momento que a professora pergunte por contribuições ou questões, a fim da senhora professora saber que o discente X é investigador e tem noção do conteúdo, para depois ganhar um aplauso.
Seria bom se compartilhassem entre colegas, quiçá daria um sucesso no momento da defesa e seria bem visto pela senhora professora.” Mas, não é isso que acontece. Porquê? Por um simples motivo, A MALDITA AVALIAÇÃO SUMATIVA, porque todos querem ter boas notas e, às vezes, “estas notas nem sempre equivalem o que eles valem.” (Muanda Mbiqui).
A avaliação de aprendizagem que se espera do professor é aquela que visa ao desenvolvimento cognitivo, afectivo epsicomotor do aluno. A avaliação na perspectiva legal develevar em conta, acima de tudo, o aprendizado, a reflexão e a criticidade, como defendiam os pioneiros da Educação em1932.
O que se verifica é que o nosso sistema educativo dá MAIS valor no certificado, mesmo sem, às vezes, ter conhecimento ea certificação do que diz o diploma. Como diz o meu condiscípulo Cândido Evaristo: “Diploma qualquer um pode comprar, o importante é o conhecimento.”
Essas notas contidas no certificado só são possíveis através daMALDITA AVALIAÇÃO SUMATIVA, todavia essa certificação não necessariamente mostra o grau de conhecimento, visto que muitos cabulam, decoram e, por consequência, depois de alguns dias acabam por se esquecer de tudo.
É através desta atitude que adoptámos que o alunos vãoapenas à escola para obter um certificado e não para a 3 construção da sua personalidade, capacidade crítica, ou seja,para ampliar a sua competência; outra crise é a venda e compra de certificados, pois, muitas empresas, velam mais pelodiploma que o conhecimento, por isso, a primeira coisa a pedirem é sempre o certificado.
Alguns pedagogos como Muanda Mbiqui, Fernandes, Ngangula são de opinião que a MALDITA AVALIAÇÃO SUMATIVAdeveria ser dispensada da sala de aulas, por não contribuir em quase nada com o aprendizado do aluno.
Em suma, a avaliação que deveria prevalecer nas nossas escolas é a FORMATIVA, como o próprio nome diz: FORMAR, isto é, dar conhecimentos, hábitos, costumes, habilidades, ou seja, competências aos discentes.
Essa avaliação formativa exige do docente uma tendência progressivista, que valorize aparticipação responsável do aluno.
Essa é a avaliação quepode mudar o quadro da actual avaliação praticada nas nossas escolas e que formará cidadãos que darão solução aos problemas sociais, políticos e educacionais.
Por: Daniel Capingala Sakovi
TUDO POR UMA EDUCAÇÃO
RECONSTRUTORA!!!