OPaís
Ouça Rádio+
Sex, 31 Out 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

A justiça que se julga acima da lei

Jornal OPaís por Jornal OPaís
31 de Outubro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

A justiça é uma das mais nobres expressões do Estado. No entanto, quando operadores como advogados e magistrados se deixam dominar pela arrogância, ela perde o brilho e o respeito que deveria inspirar. O que deveria ser um exercício de sabedoria, conhecimento, empatia e serviço público, unidos pela justiça, transforma-se, muitas vezes, num palco de vaidade e superioridade.

Poderão também interessar-lhe...

A prostituição um grito de sobrevivência no Lubango-Parte II

Toladizer

África entrando na estação da primavera

A Constituição da República de Angola (CRA), no seu artigo 174.º, estabelece que os tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome do povo, devendo actuar com independência, imparcialidade e obediência à Constituição e à lei.

No entanto, é legítimo questionar se todos os que vestem a toga ou empunham a caneta do direito têm agido com a humildade e o sentido de missão que o cargo exige. “O sentido de missão” É importante referir que o sentido de missão é justamente o propósito ou encargo específico dado a uma pessoa ou organização, que vai definir o motivo da sua existência e essa força motriz deveria guiar o seu juramento.

Em muitos tribunais assiste-se a atitudes que desonram o verdadeiro espírito da justiça. Há magistrados que confundem autoridade com autoritarismo, e advogados que trocam a defesa do direito pela exibição de vaidade. A arrogância torna-se um escudo que distancia o profissional da sua função essencial, servir o cidadão e garantir que a lei seja aplicada com equidade.

A CRA, no artigo 2.º, consagra Angola como um Estado Democrático de Direito, baseado no respeito e na supremacia da Constituição e da lei. Esse princípio exige dos operadores judiciários uma postura ética exemplar.

A toga e a beca não são símbolos de poder, mas de responsabilidade. Ser advogado ou magistrado é exercer um serviço público e o serviço público não combina com soberba, mas com humildade, sabedoria e humanidade. É triste quando um advogado trata o cidadão com desprezo, e esquece que o seu primeiro dever é defender.

É lamentável quando um juiz se mostra inatingível, confundindo respeito institucional com medo. A arrogância mina a confiança, corrói o prestígio das instituições e descredibiliza o sistema judicial. A justiça não se constrói com prepotência, mas com carácter.

O cidadão comum, que procura os tribunais em busca de amparo, não quer encontrar rostos altivos nem palavras humilhantes quer encontrar humanidade, escuta e equilíbrio.

O verdadeiro poder da justiça está na sua capacidade de servir com dignidade e não de dominar com soberba. Angola precisa de uma justiça mais próxima do povo, onde o conhecimento jurídico não seja usado como arma de intimidação, mas como ferramenta de transformação.

A arrogância é o maior inimigo da sabedoria, e não há justiça possível onde o ego fala mais alto que a consciência. O artigo 29.º da CRA consagra o direito à igualdade e ao tratamento digno perante a lei.

Que este princípio volte a ser o espelho de cada tribunal e de cada escritório de advogados. O respeito não nasce do cargo, nasce da conduta. É esta conduta ética, humana e equilibrada que a sociedade angolana hoje espera dos seus advogados e magistrados. O perigo da arrogância e o esquecimento do dever de servir

JUSTIÇA PELA JUSTIÇA…

Por: YONA SOARES

Advogada

Jornal OPaís

Jornal OPaís

Recomendado Para Si

A prostituição um grito de sobrevivência no Lubango-Parte II

por Jornal OPaís
31 de Outubro, 2025

Apobreza extrema e a luta pela afirmação de pessoa como o mínimo exigível para se ser pessoa acaba sendo a...

Ler maisDetails

Toladizer

por Jornal OPaís
31 de Outubro, 2025

Mano, bom dia, como estás, como vai a família, o papá, a mamá, os sobrinhos, os primos, todos bem do...

Ler maisDetails

África entrando na estação da primavera

por Jornal OPaís
31 de Outubro, 2025

O continente africano é um espelho de dores e esperanças. É o berço da humanidade, mas também o palco de...

Ler maisDetails

Treinador bom é treinador formado, FAF eleva a fasquia

por Jornal OPaís
31 de Outubro, 2025

O futebol angolano vive agora tempos de maior exigência, já não basta o grito na linha lateral, o gesto instintivo,...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

‎TotalEnergies apresenta primeiro grupo de finalistas do projecto “100 empreendedores”

31 de Outubro, 2025

‎Inaugurado maior Centro de Acção Social Integrado no Cuango‎

31 de Outubro, 2025

Mais de duas mil pessoas atendidas na campanha de rastreio do cancro da mama no Hospital “Pedalé”

31 de Outubro, 2025

‎Líder do MPLA lamenta comportamentos de vitimização de cidadãos vinte e três anos após o alcance da paz

31 de Outubro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.