Fórum Negócios & Conectividade
OPaís
Ouça Rádio+
Sáb, 13 Set 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

A falsamente chamada democracia

Jornal Opais por Jornal Opais
16 de Fevereiro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0

Eu sei, eu sei: o tema em causa não parece ser nada simpático. Mas e daí? As pessoas estão acostumadas a desprezar aquilo que é muito frequente e a desconfiar daquilo que se mostra novo.

Poderão também interessar-lhe...

Corrupção e gestão desportiva: Entre a sombra e a luz da integridade

A vergonha do triângulo das mini-saias

Falsificação de idades no desporto em Angola

Por outro lado, considero que se já houve uma época em que se mais precisasse abordar sobre a democracia como tal, este tempo é efectivamente este (não obstante sua aparente popularidade). Segundo teóricos (mencionando, Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A.

Raveloson), “O termo democracia provém do Grego e é composto por duas palavras: demos = povo e kratein = reinar.

É possível traduzir democracia literalmente, portanto, com os termos reinado popular ou reinado do povo.”

Abraham Lincoln, em termos simples, a definia como: “government of the people, by the people, for the people” (governo do povo, pelo povo, para o povo – ) – Traduzido.

Na visão de Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A. Raveloson ( Obra Democracia, o que é), Lincoln afirma que na democracia, “O poder surge do povo, está a ser exercido pelo povo e no seu próprio interesse.”

Mas a democracia, de facto, existe? Se considerarmos a visão de Lincoln, só podemos por assim dizer, considerar uma democracia literal, a todo o sistema de governação, onde as vontades dos povos são consideradas ou atendidas, e onde se trabalha para eles e com eles.

Neste sentido, os povos deveriam estar e ser informado de toda a política de gestão e decisões do governo. Entretanto, porquê ouvimos constantemente a se falar do conhecido termo, que quase praticamente passa por vulgar: “SEGREDO DE ESTADO.”?

Que segredo? Não somos nós os “kratein” (soberanos e ou a quem se centraliza o poder)? Guardam segredos aos povos e ainda assim serem rotulados como um estado democrático?

Teria Eugênio Bucci razão quando afirma que até mesmo naquilo que nós informam só nos passam o que nas suas observações, seria conveniente que soubéssemos?

Pois Bucci sustenta que a “ imprensa, ao menos na visão de seus praticantes menos pernósticos, nunca teve a missão de entregar “a” verdade às pessoas, muito menos a verdade com “V” maiúsculo.”

Deste modo, como ele mesmo questionou, como pode haver de facto democracia sem verdade factual?

Um outro facto interessante, é que como sabemos, cada povo é regido por um princípio cultural particular, próprio ou singular que os destingem dos demais.

Ora, cabe deste modo a cada estado saber contextualizar, criar ou promulgar, normais que peculiarmente se adaptem a eles.

Logo, como pode ser possível estabelecer uma norma universal, onde todos os povos governos e pessoas devem obediência, sem que cada um destes aglomerados venha a ter a sua voz apagada? Autores (como Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A.

Raveloson, DEMOCRACIA O QUE É) afirmam que: “As Nações Unidas estão a ser apoiadas por um grande número de Organizações Não-governamentais que, através da colaboração com protectores de direitos humanos activos em todo o mundo, publicam relatórios sobre atropelos dos direitos humanos e, com isto, conseguem obrigar governos a não tolerar mais violações dos direitos humanos.”

Ora, como todos podemos ser obrigados a obedecer Declaração Universal dos Direitos Humanos e ainda assim sermos consideramos como parte de um mundo de 194 países com mais de 85% democráticos (neste caso 123)?

Considera ainda que para o caso em que um estado atropele os direitos humanos, existe o Tribunal Internacional em Haia/Países Baixos que tem competências para pronunciar sentenças. Considera que isso não se limita apenas a organismos internacionais.

Pois a COVID _19 já nos mostrou que nossa pertença liberdade, privacidade e poder de decisão, só são autônomas por prazo temporário.

Vê-se que nossas palavras têm, em todos os casos apenas peso em quase todos os estados, quando elas se adequam aos interessantes e caprichos de quem governa.

Mesmo os deputados que como diz a norma, articulam a vontade da população, visto que esta é por ele representado, são mais voltados a cumprir suas agendas partidárias do que as vontades e os interesses dos povos.

Afinal, quantos tentam informar a população sobre o seu trabalho através de sessões abertas, reportagens nos médias e eventos dirigidos e, ao mesmo tempo, apoiam a ela na criação da sua vontade política?

Voltando a covid, quantos povos, grupos, sindicatos e afins, foram devidamente consultados, sobre suas preferência, gostos e escolhas em relação ao processo de vacinação?

Um dado que se discute é sobre quem são verdadeiramente os “Demos” (povos) a quem a democracia ostenta dar poder.

O que se vê? São maioritariamente os da classe média, os ricos e dominantes, os nobres e povos de alta escolarização.

E onde ficam os demais? Por que causa os povos considerados indígenas da Amazônia não têm lugar nas reuniões climáticas ou nos congressos em que se discutem políticas de gestão e cuidados da mesma (Amazônia)? Quem é consultou as sociedades civis de Israel para saber se estariam dispostos a ocasionar um pretexto de guerra contra os Hamas?

Quem perguntou aos agricultores Ucranianos de todas as classes, se optariam ou não a ideia de unirem-se a NATO diante de um clima de grande tensão?

Talvez seja por isso que PierreJoseph Proudhon afirma que “ hoje mesmo temos a prova de que não se pode ser livre na mais perfeita democracia.”

Em 1873, no livro Estatismo e Anarquia, Mikhail Bakunin afirma que “por governo popular – democrático – (…) entendem o governo do povo por meio de um pequeno número de representantes eleitos pelo povo (…) uma mentira que esconde o despotismo da minoria dirigente, mentira ainda mais perigosa por ser apresentada como a expressão da pretensa vontade popular.” Alexander Berkman ressoou uma crítica semelhante no periódico Mother Earth, de outubro de 1917: “a democrática autoridade do governo da maioria é o último pilar da tirania.

O último, e o mais forte (…) o despotismo que é invisível porque não é personificado, poda a paixão de Sansão e o deixa sem vontade.

Ai do povo onde o cidadão é um soberano cujo poder está nas mãos de seus mestres! É uma nação de escravos solícitos.”

Em fim do caso, diz Errico Malatesta, em texto de 1924: “até mesmo na mais democrática das democracias, é sempre uma pequena minoria que domina e que impõe pela força a sua vontade e os seus interesses. (…) Enfim, de facto existe democracia?

Eu tenho minhas dúvidas. Afinal, bem disse Errico Malatesta: “Assim, desejar realmente o ‘governo do povo’ no sentido em que cada um possa fazer valer sua própria vontade, suas próprias ideias, suas próprias necessidades, é fazer com que ninguém, maioria ou minoria, possa dominar os outros; dito de outra forma, é querer necessariamente a abolição do governo (…).”

 

Por: Sampaio Herculano

*Finalista do Curso de História pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Corrupção e gestão desportiva: Entre a sombra e a luz da integridade

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

No despertar da manhã, em mais uma viagem, em mais uma madrugada de trabalho, hoje, 12 de Setembro, decidimos escrever...

Ler maisDetails

A vergonha do triângulo das mini-saias

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

O que têm de comum a África, América Latina e a Ásia (Médio Oriente)? Laboratórios de e para todos os...

Ler maisDetails

Falsificação de idades no desporto em Angola

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

Há um mal silencioso, persistente e corrosivo que mina a credibilidade do desporto angolano a falsificação de idades. Um problema...

Ler maisDetails

Angola entre a multipolaridade e a segurança estratégica: desafios e oportunidades no Atlântico Sul

por Jornal OPaís
12 de Setembro, 2025

1 . Introdução O século XXI é marcado por uma crescente competição geopolítica que redefine não apenas as grandes potências,...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade

MAPTSS realiza 12º briefing com jornalistas na segunda-feira

13 de Setembro, 2025

Chefe de Estado cubano recebe presidente da Assembleia Nacional

13 de Setembro, 2025

Detidos dois agentes do MININT por burla e falsificação de documentos

13 de Setembro, 2025

21 grupos desfilam hoje no Carnaval da Dipanda

13 de Setembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.