A crónica aconteceme como as madrugadas (in) acabadas do país. Acordo. Nada reflexivo chega-me à massa cinzenta, por isso escolho sentar-se ao velho cadeirão para assistir o vazio do mundo.
A tv – notícia nunca me trouxe à cabeça palavras de bater as palmas, senão gritarias. Por exemplo, a senhora nossa construtora da cortesia perde a sensibilidade toda para ferir os ouvidos do pessoal aqui no quintal: aqui ninguém faz falta. Foi o suficiente para estar na boca do mundo. E sobre o mundo, muito tenho a dizer (;)
— Lucido – vos: O tempo cresce. Nossas idades se vão. Uns engordam juízo, outros jogam-no à taça de vinho. Pauta final: mecanizam o pensar. A ilusão dos homens sempre esteve no tempo e em constante mutação, por isso a existência da diversidade de gostos.
Uns gostam connosco errar. Gostar tal vez seja um verbo que permita distorções de gostos: uns gostam de um grosso pau a navegar o corpo, outros tendem a colocar a questão da saúde na placa do conselho: cuide-se! (;) Agora eu nos gostos.
Gosto de me ligar à tv para ouvir as ofensas do mundo. Há na tv o paradoxo todo. Todo agridoce. Todo sexo, todo roubo, todas mortes e todas gravidezes que negaram a idade. Não há pais bons para educar. As crianças saem educadas nas ruas ou nas instituições educacionais.
Os pais também são uns camabas de alunos às soltas, andam à procura de pernas minúsculas para acalentarem seus prazeres. Em contra par tida, é a tv que nos tem a ousadia de transferir a ilusão toda nessas nossas massas cinzentas (;)
Conclusão: todas nossas cabeças cabem neste rio ocidental.
O homem já pode conflituar com os germinadores porque tem agora nova forma de empreender para continuar a colocar acentos nos seus vícios: se não sabia, agora já se pode comprar um novo sexo e categoricamente negar a essência. Há aqui dois pontos que precisamos analisar, meus caros. Ninguém mais quer sexo macho porque não dá dinheiro algum.
Diga-me uma coisa, quem você conhece que ficou rico porque causa do sexo macho?
Ninguém! Essa seria resposta de muitos. A pergunta chega de um analista e eu-telespectador estou à espera que outros analistas ofereçam-nos alguma resposta. Andamos todos atrasados ou avançados estamos no tempo e de forma mais caótica.
Quem naquela época tinha esse pensar de querer outro sexo para empreender? Nossa ilusão começa exatamente com essas encruzilhadas todas. Ou talvez seja os efeitos dos cinquenta ânus de possibilidades (?)
Por: AC VAYENDA