O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou, ontem, que salvaguardar, consolidar e desenvolver as relações com a Rússia constitui uma “escolha estratégica” para ambos os países, durante um encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, em Beijing
Xi destacou que a cooperação bilateral “tem avançado com determinação, apesar de um ambiente externo turbulento” e manifestou disponibilidade para alinhar o 15º Plano Quinquenal da China com as estratégias de desenvolvimento económico e social da Rússia, de modo a “promover um crescimento de maior qualidade e nível”, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.
Mishustin participa, esta semana, no 30º encontro ordinário entre os chefes de Governo dos dois países, centrado no reforço da cooperação energética, comercial e tecnológica, numa altura em que China e Rússia aprofundam a aliança face à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia.
Em Fevereiro de 2022, pouco antes da invasão da Ucrânia, Xi e Putin proclamaram em Beijing uma “amizade sem limites” entre os dois países. Desde então, ambos têm defendido que a parceria “não ameaça nenhum país” e contribui para a construção de um mundo multipolar, ao mesmo tempo que intensificaram os intercâmbios.
Sobre o conflito na Ucrânia, Beijing tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia. A China também se opõe às “sanções unilaterais ilegais” contra Moscovo, por considerar que estas “não resolvem os problemas”.









