A Venezuela proibiu o uso, a compra, venda e importação de drones e aeronaves não tripuladas no país, após Washington enviar para águas caribenhas navios com 4.000 soldados numa operação contra cartéis narcotraficantes
Aproibição foi publicada na Gazeta Oficial (GO, equivalente ao Diário da República em Portugal) esta terça-feira, com data de 18 de agosto, e restringe ainda a compra, venda, distribuição e importação de partes ou equipamentos relacionados.
“Proíbe-se a operação e circulação aérea em todo o espaço geográfico da República Bolivariana da Venezuela de Aeronaves Pilotadas à Distância (RPA), sejam aeronaves remotamente pilotadas ou não pilotadas e aeromodelos, assim como a instrução, capacitação, treinamento, compra, venda, fabricação.
distribuição, importação e exportação de equipamentos, artefactos ou dispositivos, das suas peças e componentes”, lê-se na GO. A decisão segue-se à oferta anunciada pelos Estados Unidos de 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) por informações que pudessem conduzir à detenção do líder venezuelano, que Washington afirma liderar o Cartel dos Sóis e por altos funcionários e militares do governo de Caracas, uma acusação que o chavismo rejeita.
“Esta semana vou ativar um plano especial para garantir a cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional”, disse o Presidente venezuelano, à televisão pública. Maduro indicou que a decisão faz parte de um “plano de paz”, e apelou às milícias para que estejam “preparadas, ativadas e armadas”.
Os Estados Unidos começaram a mobilizar 4.000 agentes – principalmente fuzileiros navais – nas águas da América Latina e do Caribe para combater os cartéis do narcotráfico, para além de terem reforçado a sua presença na região com aviões, navios e lança-mísseis.
A informação foi revelada na passada sexta-feira pela CNN, que citou duas fontes da defesa norte-americana, e depois foi corroborada por outros meios de comunicação norte-americanos.