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Teólogo desmistifica exorcismos e possessões demoníacas em livro

Jornal OPaís por Jornal OPaís
7 de Julho, 2025
Em Mundo
Tempo de Leitura: 7 mins de leitura
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Teólogo desmistifica exorcismos e possessões demoníacas em livro

O exorcismo e as possessões demoníacas são o novo livro do teólogo Nuno André, que quer desmistificar a figura do diabo, criar um guia para padres exorcistas e alargar o debate do tema entre os cristãos

“Considerei que existia uma grande lacuna entre aquilo que é o conhecimento teológico e a forma como funciona o próprio curso de teologia e a dinâmica da Igreja Católica, quando prepara os seus padres”, afirmou, em entrevista à Lusa o teólogo, considerando que persiste uma “questão de preconceito”, que coloca quem fala destes temas num lado “conservador, retrógrado ou medievalista”.

A discussão pública do tema por parte de um sacerdote “pode impedir progressão na hierarquia”, porque passa a ser considerado “conservador e retrógrado” ou alguém “que não corresponde ao espírito da Igreja atual de Francisco”.

Por outro lado, há grupos de bispos e sacerdotes, “mais fora de Portugal”, que usam a prática do exorcismo co”Está confirmado [que a Anozero irá decorrer em 2026 no mosteiro], o que para nós é um motivo de grande satisfação.

Está garantida a continuação da bienal durante mais um ano no mesmo local”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva.

No final de 2024, o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entidade que coorganiza a bienal com a CMC e a Universidade de Coimbra (UC), dava nota de que a bienal continuava sem um espaço definido para 2026, face à transformação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova num hotel, o que atrasava a preparação da Anozero.

No dia em que termina a exposição a solo que intercala com a realização da Anozero, o autarca afirmou que o município continua a trabalhar “para a bienal ser eterna”.

Sobre qual o espaço que será usado em 2027, José Manuel Silva entende que essa decisão cabe “ao próximo executivo camarário”, considerando que “não faz sentido fechar isso antes das autárquicas”, que vão decorrer no dia 12 de outubro.

O autarca vincou que irá continuar a trabalhar para que o antigo Hospital Pediátrico possa vir a ser “uma opção utilizável”. Já o diretor do CAPC, Carlos Antunes, entende que a manutenção da Anozero em 2026 no mosteiro “não é uma boa notícia, mas a notícia possível”, que permite à organização da bienal “continuar a sonhar”. “Uma boa notícia era uma solução de futuro e esta não é uma solução de futuro.

Esta é uma solução temporária e nós andamos de solução temporária em solução temporária, como uma fénix […], que a cada ano se incendeia e a cada ano renasce, o que é sempre uma pena”, disse à Lusa o responsável. Sobre soluções definitivas para a bienal, Carlos Antunes confirmou que não há qualquer novidade, temendo que, daqui a um ano, no final da próxima edição da Anozero, a organização continue “sem ter nenhuma notícia de futuro”.

Ao contrário de José Manuel Silva, o diretor do CAPC considerou que não se deveria esperar pelas autárquicas, porque o sucesso da bienal “não pode estar dependente de ciclos autárquicos”.

“Cada dia que passa, para mim, é uma angústia”, vincou, reiterando que, enquanto o hotel não abrir no mosteiro, irá lutar para que a bienal possa manter-se naquele monumento.

Contactado pela Lusa, o vice-reitor da UC com a pasta da cultura, Delfim Leão, afirmou que a bienal “beneficia imenso de poder ser realizada” no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, esperando que a solução definitiva que venha a ser encontrada tenha “a mesma dignidade”.

“A instabilidade quanto a essa solução não é boa para ninguém e é bom que a solução fique clarificada”, disse, considerando que o espaço que será escolhido para lá de 2026 precisa de dar garantias de que a bienal possa continuar o caminho de grande projeção nacional e internacional do evento.

“Quando se atinge um nível de projeção internacional, reconhecido pelos próprios parceiros – até como elemento de arte contemporânea mais impactante em Portugal -, não podemos pensar noutra solução que não seja mantê-lo e reforçá-lo”, salientou.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, que era o epicentro da bienal Anozero, vai ser alvo de um projeto de requalificação e transformação em hotel de cinco estrelas, após um concurso público que atribuiu a concessão à empresa Soft Time por 50 anos.

A decisão foi criticada pelo CAPC e por centenas de pessoas, entre agentes culturais e profissionais do meio, que assinaram uma carta aberta a defender a manutenção da bienal naquele monumento. Essa posição foi também assumida pela artista Janet Cardiff que, juntamente com George Bures Miller, assina a exposição a solo que termina hoje no mosteiro, intitulada “A Fábrica das Sombras”.

mo uma forma de se “apropriarem de uma espécie de pureza do cristianismo, porque ainda guardam estes conceitos e ainda rezam para afastar o diabo e ainda respeitam a existência diabólica”, afirmou o também consultor do Dicastério da Comunicação do Vaticano.

“Em certa medida, o diabo é um peso para a Igreja” e os “exorcismos não são tema de debate. Por exemplo, a Universidade Católica não tem uma única cadeira demonologia”, exemplificou.

Segundo Nuno André, que concluiu o curso em Roma, reconhecido pelo Vaticano, de Exorcismos e Libertação, o diabo atua na sociedade de um “modo ordinário”, através das tentações e do pecado, mas também com uma “dimensão extraordinária, que são as possessões e fenómenos inexplicáveis”.

Denominado o “Tesouro dos Exorcistas”, o livro apresenta-se como um “manual prático de defesa contra a arte das trevas, que revela os segredos dos códices antigos sobre as forças ocultas”, da editora católica Paulinas.

Nos séculos mais recentes, o exorcismo e as possessões foram recuando nas prioridades da Igreja, a par das descobertas científicas que apontavam que a grande maioria dos problemas eram de natureza psíquica ou psiquiátrica, que a ciência resolvia, admitiu.

Contudo, “nem tudo é o diabo, nem tudo é doença. Há fenómenos que ainda não conseguimos explicar e que são perturbadores para os quais devemos de ter a nossa atenção e, principalmente, ter uma resposta religiosa”.

Em muitos casos, os exorcismos funcionavam como placebos, pela “teatralidade e sugestão” dos protagonistas, explicou Nuno André, que também tem formação em ilusionismo, e detetou “muitos truques cénicos” que levavam as pessoas a acreditar.

Mas a “Igreja continua a acreditar que existem forças espirituais que afetam o ser humano, que afetam o ambiente à volta do ser humano e a Igreja dá uma resposta que lhe chama exorcismo”, um ritual que tem “uma liturgia própria e que só um sacerdote autorizado pode celebrar”, a par de “orações de libertação” que podem ser realizadas por qualquer pessoa.

“O Vaticano tem ordens muito claras de como é que os seus bispos e os seus padres devem atuar diante de uma questão de possível possessão e este livro vai tocar precisamente neste ponto”, procurando explicar como deve ser feito.

Para tal, o autor recorreu a literatura do século XV, XVI e XVII, com destaque para o Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas), entre outras fontes originais. Então, os “padres precisavam de saber como lidar com a questão do Diabo, dos exorcismos e então de forma muito sistematizada, criouse toda uma narrativa em torno do diabo, explicando como é que se exorciza, quais são as orações mais eficazes, quais é que são os procedimentos, quais os cuidados”, explicou.

O livro também mostra “como é que o diabo ou a figura do diabo foi sendo criada e fixada por uma narrativa cristã”, disse, recordando que a imagem de Satanás corresponde a imagens de outros deuses e “à influência de um contexto cultural” na época de construção da ideologia do cristianismo. “Muitas vezes o diabo serve desculpa para muita coisa: o Adão vai dizer ‘não fui eu, foi a Eva que me deu’.

A Eva vai dizer ‘não fui eu, foi a serpente”. E a serpente desgraçada é que leva com as culpas, serpente essa que é a prefiguração do diabo”, ironiza, recordando que a figura de Satanás não existe no judaísmo, no Islão ou no budismo. Além disso, o autor faz uma reflexão sobre o machismo na Igreja, pela forma como limitou a condição de bruxa à mulher, vista como “uma grande aliada do diabo”.

O homem, segundo a doutrina cristã, só poderia ser um feiticeiro, que é “mais parecido com um curandeiro que recorre às forças da natureza às forças do oculto para preparar as suas as suas manigâncias”.

Por isso, a “Igreja não foi justa com a mulher”, admitiu o autor, que aborda também o uso de drogas para simular experiências espirituais, que ainda hoje sucedem com muitos charlatães.

A “mulher tem sido vilipendiada ao longo de todos estes séculos” e “temos de acabar com esse discurso”, porque esse discurso conservador afeta a sua existência na sociedade.

Sobre os pedidos às bruxas, Nuno André diz que os séculos não mudaram os temas: “amor, saúde, sucesso profissional e dinheiro são as métricas que ainda hoje existem”.

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