A Rússia rejeitou, ontem, as acusações da Presidente moldava, Maia Sandu, de que Moscovo está a preparar uma “interferência sem precedentes” nas eleições legislativas de 28 de Setembro, na Moldova
“Isso não corresponde à realidade, a Rússia não interfere nos assuntos internos de outros países”, afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, na habitual conferência de imprensa telefónica diária, quando questionado sobre as declarações da líder moldava.
Sandu já tinha acusado, previamente, a Rússia de estar a executar uma “guerra híbrida” contra o país que, antigamente, pertencia à União Soviética, acusando Moscovo de realizar ataques informáticos e campanhas de desinformação.
A Moldova apresentou a candidatura à EU, em Março de 2022, e em Junho desse ano foi atribuído o estatuto de país candidato. Em Junho de 2024 foram iniciadas as negociações formais, que contemplam vários capítulos de conclusão obrigatória. Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, a Moldova situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.
A região separatista moldava da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia (em Fevereiro de 2022) devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geo-estratégica.
A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.