Desde a captura da cidade de Goma, na RFC, pelo AFC-M23 e outras entidades na província de Kivu do Norte, a situação humanitária só piorou a cada dia, noticia o La Prosperite
Enquanto alguns moradores dessas localidades tiveram a oportunidade de fugir por medo de represálias, outros, por outro lado, são forçados a permanecer nas localidades sob ocupação do AFC-M23, com todas as consequências imensuráveis onde quer que se encontrem.
O deputado nacional eleito de Goma, Charles Sabungo, afectado por esta terrível situação humanitária, apesar de já ter prestado muita assistência aos deslocados de Kivu que vivem em Kinshasa e outros lugares, não se cansa e lidera acções parlamentares para que as vítimas desta guerra injusta imposta à República Democrática do Congo sejam assistidas, antes da recuperação de todas as localidades pelo governo central.
Como representante eleito do povo, Sabungo escreveu a Eve Bazaïba Masudi, ministra de Estado, ministra dos Assuntos Sociais, Acções Humanitárias e Solidariedade Nacional, a fim de informá-la sobre o sofrimento vivenciado pelas vítimas da agressão rwandesa no leste do país e que uma acção urgente é necessária, lamentando ao mesmo tempo a continuação das hostilidades que continuam a fazer vítimas no terreno.
Seu gesto ocorre em um momento em que os deslocados e aqueles que permanecem em áreas sob controlo da AFC-M23 não sabem mais para onde se virar e isso constitui uma emergência que as autoridades nacionais devem resolver.
Segundo ele, esta guerra afectou um número considerável de famílias em Goma e outras localidades, não apenas em sua província natal, Kivu do Norte, mas também na vizinha Kivu do Sul, daí a necessidade de ajudar as vítimas.
A mensagem à Eve Bazaïba Masudi é um apelo às autoridades competentes para que considerem como agir antes de retomar as localidades sob a AFC-M23. Porque a população jura pela paz e nada além da paz.
Vale ressaltar que esta questão surge em um momento crítico na Assembleia Nacional. Uma secção dos deputados está pedindo a destituição de cinco membros do cargo, incluindo o presidente Vital Kamerhe, por meio de petições já apresentadas e declaradas admissíveis pela sessão plenária na quarta-feira, 17 de Setembro.