O Departamento de Justiça norte-americano vai investigar as origens do processo que determinou que a Rússia interferiu a favor de Donald Trump na eleição de 2016, após a recente divulgação pelo executivo de documentos sugerindo motivações políticas
Segundo a Fox News e a agência AP, a procuradora-geral Pam Bondi determinou que um procurador apresente perante um grande júri provas encaminhadas pela principal autoridade de informações do executivo Trump, estando em aberto que responsáveis judiciais ou políticos serão alvo do procedimento e de que crimes são suspeitos.
A investigação tornou alvos dos apoiantes de Trump altos funcionários da comunidade de informações e Justiça, incluindo o exdirector da agência federal de investigação (FBI), James Comey, que se demitiu em Maio de 2017, e o ex-director dos serviços de informações (CIA), John Brennan.
No mês passado, o Departamento de Justiça sugeriu uma investigação a Comey e Brennan, sem dar mais detalhes. Vários conselheiros especiais, comissões do Congresso e o próprio inspector-geral do Departamento de Justiça estudaram e documentaram um esforço multifacetado da Rússia para interferir nas eleições presidenciais de 2016 a favor de Trump, incluindo uma fuga de e-mails democratas e uma operação secreta nas redes sociais para semear a discórdia e influenciar a opinião pública.
Esta conclusão tem sido agressivamente contestada pelo executivo nas últimas semanas, com a directora nacional de informações, Tulsi Gabbard, e outros aliados de Trump a divulgarem registos anteriormente confidenciais que lançam dúvidas sobre a extensão da interferência russa e sugerem um esforço da administração Barack Obama para ligar falsamente Trump à Rússia.