O Presidente paraguaio afirmou, no Domingo, que os países da América Latina que romperam com Taiwan para se aproximar da China “estão pior” e reiterou a aliança com Taipé, alinhando a política externa com Estados Unidos e Israel.
“Todos os países da América Latina que mudaram de Taiwan para a China e caíram nos braços da promessa do sonho chinês, toditos estão pior que o Paraguai”, disse Santiago Peña, num episódio do seu próprio programa de entrevistas.
O Paraguai é, actualmente, um dos 12 países no mundo que mantêm relações diplomáticas com Taiwan, em resultado da pressão que a China exerce há décadas para isolar Taipé a nível internacional, numa disputa diplomática em torno do estatuto da ilha, que Pequim considera uma província rebelde.
As relações entre Assunção e Taipé remontam a 1957, e o Governo paraguaio tem reiterado que a aliança assenta em “valores partilhados”, apesar de sectores da sociedade e da classe política defenderem uma aproximação à China continental.
No seu ‘podcast’, Peña reafirmou que a política externa do Paraguai está alinhada com os Estados Unidos, Israel e Taiwan: “Tenho uma visão geopolítica, um triângulo que vai de Washington a Jerusalém – sublinho Jerusalém – e a Taipé.
Estou profundamente convencido disso e espero que nunca mude no Paraguai”, afirmou. Apesar de não manter laços diplomáticos com Pequim, a China é o principal fornecedor externo do Paraguai: de Janeiro a Novembro deste ano, representou 34,4% das importações totais, num valor de 5.574,5 milhões de dólares (4.757 milhões de euros), segundo o banco central paraguaio.









