O relatóriodo Departamento de Defesa, através de um processo de verificação de alto nível nunca antes divulgado, impediu o disparo de mísseis táticos de longo alcance fabricados nos EUA, conhecidos como ATACMS, contra alvos na Rússia durante vários meses
Segundo duas fontes militares norte-a mer ica n a s, a Ucrânia exigiu, pelo menos numa ocasião, que o míssil fosse utilizado contra um alvo em território russo, mas esse pedido foi negado.
Elbridge Colby, secretário adjunto da Defesa para a Política, concebeu um mecanismo chamado “review” para decidir os pedidos da Ucrânia de usar armas de longo alcance fabricadas nos Estados Unidos, bem como armas europeias dependentes da inteligência e componentes americanos.
A decisão final foi sempre delegada no secretário de Defesa, Pete Hegsett. Em comunicado, a portavoz da Casa Branca, Carolyn Levitt, afirmou: “O Presidente dos EUA, Donald Trump, enfatizou claramente que a guerra na Ucrânia deve acabar.
Não houve qualquer alteração na situação militar na Rússia e na Ucrânia. O secretário Hegseth está a atuar em coordenação com o presidente Trump”, afirmou.Nos últimos meses da sua presidência, o ex-presidente dos EUA Joe Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis ATACMS para atacar alvos em solo russo. No entanto, o processo de “aprovação final” do Pentágono praticamente parou essa ação.
Como o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, chamou a decisão de Biden de “estúpida” e disse: “Isso só vai escalar esta guerra e piorar a situação”. Na quinta-feira, Trump escreveu na sua rede social que a Ucrânia não pode derrotar a Rússia a menos que possa agir “agressivamente” na guerra. “É muito difícil, senão impossível, ganhar uma guerra sem invadir o país agressor. Não há hipótese de vitória”, afirmou.
As observações de Trump não significam uma mudança de política e vão continuar a ser o mecanismo de revisão do Pentágono, segundo as autoridades norte-americanas. No entanto, um alto funcionário da Casa Branca disse que o presidente pode mudar de ideia sobre a facilitação de uma operação ofensiva mais ampla contra a Rússia.