O número de mortos das cheias que afectaram, sexta-feira, 13, a cidade de Kinshasa subiu de 19 para 29, de acordo com dados fornecidos, ontem, pelas autoridades da República Democrática do Congo (RDC)
A través de um comunicado divulgado no final de Domingo, o Ministério do Interior da RDC confirmou o novo balanço de vítimas, especificando que as mortes foram registadas em oito zonas da capital, sobretudo Ngaliema.
A capital da RDC é habitada por 17 milhões de pessoas. Segundo o ministério, a catástrofe causou danos materiais significativos e deixou muitas famílias sem casa.
Numa reunião de crise realizada no Domingo, o ministro do Interior e da Segurança, Jacquemain Shabani, disse que as pessoas afectadas vão ser ajudadas. As imagens publicadas nos meios de comunicação social locais mostram ruas completamente inundadas e deslizamentos de terras.
A chuva caiu com grande intensidade apesar de o mês de Junho fazer parte da estação seca na região de Kinshasa. Augustin Tagisabo, chefe de divisão do METTELSAT, o serviço meteorológico nacional, disse aos jornalistas que se verificou uma grande precipitação em Kinshasa e no Norte do país devido a ventos do Golfo da Guiné.
Os meios de comunicação social locais da República Popular do Congo, país vizinho, informaram, ontem, que o mau tempo fez, pelo menos, dois mortos na capital, Brazzaville, embora não tenham sido divulgados números oficiais.
As cidades de Kinshasa e Brazzaville ficam em frente uma da outra, separadas pelo rio Congo, que serve de fronteira natural entre os dois países. A população da capital da RDC já foi atingida por fortes chuvas e inundações no início do passado mês de Abril, tendo 75 pessoas perdido a vida.
Em Abril, as chuvas fizeram com que o rio Ndjili, que atravessa parte da cidade de Kinshasa, transbordasse, inundando a avenida Lumumba, a mais longa e importante artéria da cidade.
Na altura, as autoridades ordenaram a demolição de construções ilegais e de casas construídas em zonas não edificáveis para que fossem evitadas futuras inundações. Em Maio, as chuvas fortes e as inundações provocaram a morte a 11 pessoas em Kinshasa.