As autoridades moçambicanas confirmaram 89 casos de mpox desde o início do actual surto, na província de Niassa, mas, três meses depois, 70 já estão recuperados, sem registo de qualquer óbito, segundo dados oficiais, revela a Lusa
De acordo com o mais recente boletim da Direcção Nacional de Saúde Pública, com dados de 11 de Julho a 21 de Outubro, consultado hoje pela Lusa, a província de Niassa, epicentro do surto, no distrito de Lago, conta um acumulado de 79 casos, seguindo as províncias de Maputo (quatro), Manica (três) e Tete (dois).
O último dos casos confirmados laboratorialmente registouse precisamente no distrito de Lago, em 21 de Outubro, segundo o mesmo boletim, que refere que do total de 89 casos positivos, apenas 19 estão ainda seguimento, entre as províncias de Tete e Niassa, com 70 dados como recuperados. Desde Julho foram registados um total de 1.729 casos suspeitos e realizados 1.695 testes laboratoriais.
As autoridades sanitárias garantiram que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública. A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo.
No actual surto, na África austral, desde 01 de Janeiro, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos. O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em Outubro de 2022, com um doente em Maputo, no surto anterior.









