O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ontem ao presidente francês, Em Manuel Macron, e à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que baixem reservas relativamente ao acordo União Europeia (UE) e Mercosul, a assinar no próximo sábado
Lula dirigiu-se directa mente a Macron e a Meloni durante um discurso em Brasília, garantindo que a agricultura brasileira não vai concorrer com a dos países europeus quando o acordo entrar em vigor, porque os produtos agrícolas sul-americanos são de tipos e qualidades diferentes.
“Espero que o meu amigo Macron e a primeira-ministra Meloni, de Itália, assumam a responsabilidade (…) e tragam a boa notícia de que vão assinar o acordo e de que não vão ter medo de perder competitividade perante o povo brasileiro”, afirmou Lula. O governante brasileiro sublinhou que os países sul-americanos estão “a ceder mais” do que os europeus e assegurou que os dois blocos comerciais estão “dispostos” a assinar o acordo no Sábado, durante a cimeira semestral do Mercosul, que se realizará na Foz do Iguaçu.
O Parlamento Europeu deu luz verde hoje a novas cláusulas de salvaguarda concebidas para proteger os agricultores comunitários de fluxos repentinos de produtos considerados sensíveis.
O Conselho da União, no qual estão representados os Governos dos países europeus, e o Europarlamento reúnem-se na Quarta-feira para tentar fechar a posição europeia, depois de ambas as instituições terem acordado as suas condições.
A França é o país mais relevante porque ainda mantém a rejeição ao pacto e estabeleceu três condições para o seu apoio ao acor do com o Mercosul: cláusulas de salvaguarda sólidas e operacionais, a aplicação das mesmas normas aos produtos importa dos que aos produtos europeus e controlos sobre as importações. Paralelamente às negociações nas instituições comunitárias, o Senado francês aprovou ontem uma resolução que insta o Governo a levar o acordo comercial ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) para o bloquear.









