O presidente do Movimento “Piste pour l’emergence” (Pista para a Emergência) e ex-candidato presidencial em 2018, Seth Kikuni, foi preso Sábado ao chegar ao Aeroporto Internacional de Ndjili, em Kinshasa, República Democrática do Congo (RDC).
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) “é muito mais forte do que a Rússia”, disse Mark A Prensa Latina informa que o líder da oposição retornava ao país após participar numa reunião em Nairobi, no Quénia, com outros membros da cena política congolesa, liderada pelo ex-presidente Joseph Kabila, que resultou na criação da plataforma Salve a República Democrática do Congo.
De acordo com o ex-congressista Claudel Lubaya, a Direção Geral de Imigração confiscou o passaporte de Kikuni antes de ele ser preso por agentes que alegavam ser da Agência Nacional de Inteligência e da Unidade de Detecção de Actividades Anti-patrióticas, que o levaram para um destino desconhecido.
O opositor foi libertado em 1 de Março de 2025, após seis meses de detenção na prisão de Makala, condenado por incitação à desobediência civil e disseminação de falsos rumores. A sua prisão motivou declarações dos movimentos “Pista para a Emergência” e “Salve a República Democrática do Congo”, que denunciaram o incidente e exigiram a libertação imediata e incondicional de Kikuni.
De acordo com o relatório Salvemos…, agentes de segurança também confiscaram os telefones do líder da oposição, que estava encarregado de ler a declaração final do conclave realizado em Nairobi nos dias 14 e 15 de Outubro.
A plataforma afirmou que a prisão está ligada à sua participação na reunião, actividade que descreveu como “completamente legítima e legal”, e, portanto, a considera “uma flagrante violação dos seus direitos constitucionalmente garantidos”.
O documento também responsabiliza o presidente Félix Tshisekedi por qualquer acto que possa ameaçar a vida ou a integridade física e mental de Seth Kikuni e apelou à comunidade nacional e internacional para que intervenha e garanta a sua libertação e o fim do assédio aos opositores na RDC. , à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da OTAN, em Bruxelas, na Bélgica.
Questionado sobre a possibilidade de abater ‘drones’ (aeronaves pilotadas remotamente) e até aeronaves de combate — a Rússia utiliza, por exemplo, os Sukhoi Su-57, semelhantes aos F-35 – como a única maneira de dissuadir incursões aéreas, o secretário-geral da OTAN respondeu que interceptar os drones ou aviões e acompanhá-los para fora do espaço aéreo da Aliança Atlântica também faz parte da capacidade de dissuasão.
No entanto, Mark Rutte quis “dizer aos russos que se o tentarem intencionalmente”, a OTAN tem “tudo pronto para assegurar que vai defender-se”. Sobre as sinergias anunciadas entre a OTAN e a União Europeia — 23 dos 27 Estados-membros da União Europeia pertencem ao bloco político-militar atlântico, composto por 32 países -, Mark Rutte disse que “não há qualquer duplicação” de esforços.
“A OTAN é boa nas coisas pesadas [armamento e estratégia militar], enquanto a União Europeia tem um enorme ‘soft power’ [poder de persuasão e diplomático]. Esta combinação é crucial para que a Rússia não prevaleça”, sustentou.