A Ucrânia e a Rússia trocaram ontem acusações de violação ao cessar-fogo unilateral de três dias decidido pelo Kremlin
Kiev denunciou ataques “em toda a linha da frente” e Moscovo argumentou responder a ataques ucranianos. A Rússia tem atacado a Ucrânia ao longo de “toda a linha da frente”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriï Sybiga, classificando como uma “uma farsa” a trégua de três dias ordenada unilateralmente pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e que devia ter entrado em vigor esta madrugada.
“Segundo os nossos dados militares, apesar das declarações de Putin, as forças russas continuam a atacar toda a linha da frente”, acrescentou na rede social X. Sybiga sustentou que, desde a meia-noite, a Rússia cometeu “734 violações do cessar-fogo” e lançou 63 tentativas de assalto.
Por seu lado, o Exército russo garantiu estar a “cumprir estritamente” o cessar-fogo, mas que tem de “responder” aos ataques ucranianos, a quem acusou de violar a trégua.
“As tropas russas não estão a efetuar ataques aéreos, com mísseis, artilharia ou drones”, assegurou o Ministério da Defesa russo na rede social Telegram. “As forças armadas russas respondem de forma simétrica às violações do cessar-fogo pelas forças armadas ucranianas”, acrescentou.
Pouco depois das 00:00 de hoje, os meios de comunicação social russos indicaram que a trégua de três dias com a Ucrânia, a propósito das comemorações em Moscovo da vitória sobre a Alemanha nazi, entrou em vigor e que terminará à meia-noite de 11 de maio. A Ucrânia nunca aceitou esta trégua, que descreveu como uma manobra de comunicação, apelando, em alternativa, a um cessar-fogo de 30 dias.
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