O funeral decorreu neste domingo na cidade de Glendale, no Arizona. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes políticos estiveram presentes
Atensão era alta na cidade de Glendale, no sudoeste dos Estados Unidos, horas antes do funeral do ativista conservador assassinado Charlie Kirk, marcado para este domingo, com as autoridades a intensificar as medidas de segurança.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes políticos reuniram-se no estádio State Farm, para homenagear o activista. A 10 de setembro, Kirk foi mortalmente atingido a tiro no pescoço, quando participava num evento universitário, perante centenas de estudantes, na Universidade de Utah Valley, no estado do Utah, no oeste dos Estados Unidos. O assassínio gerou um intenso debate sobre a segurança e a liberdade de expressão.
O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) dos EUA reforçou a vigilância e as medidas de segurança na cidade do estado de Arizona, mobilizando agentes federais e colaborando com as autoridades locais.
De acordo com um relatório policial citado pela televisão ABC, as autoridades estavam a “vigiar várias ameaças de credibilidade desconhecida” contra pessoas que planeavam comparecer no memorial.
Na sexta-feira, os Serviços Secretos anunciaram a detenção de um homem armado, acusado de se fazer passar por polícia, no estádio, que tem capacidade para mais de 60 mil pessoas.
O homem de 42 anos entrou no estádio “antes de qualquer perímetro de segurança ser estabelecido”, disse o porta-voz dos Serviços Secretos, Anthony Guglielmi, à televisão Fox News. Kirk, de 31 anos, era o fundador da Turning Point USA, uma organização juvenil sem fins lucrativos dedicada à promoção dos princípios conservadores e da liberdade de expressão.
Em Phoenix, a capital do estado de Arizona, centenas de pessoas marcharam no sábado para depositar flores, bandeiras norte-americanas e balões com as cores dos EUA, numa extensão de cerca de 100 metros, em frente à sede da organização. Kirk defendia, entre outras convicções, a ideia de que valia a pena sacrificar as vidas de algumas pessoas, assassinadas a tiro nos Estados Unidos, para que os cidadãos norte-americanos pudessem manter o direito de possuir armas de fogo.
O activista, pai de dois filhos, era um aliado próximo de Trump, que anunciou a atribuição a título póstumo a Kirk da Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país.
O alegado assassino – um jovem branco de 22 anos – enfrenta sete acusações, entre as quais a de homicídio qualificado, um crime passível de pena de morte.