Governo chinês condenou ontem o que classificou como “declarações irresponsáveis” dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, que manifestaram em Nova Iorque
Assim, preocupação com “acções desestabilizadoras” da China no estreito de Taiwan, noticiou a Lusa. O porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun afirmou em conferência de imprensa que as declarações representam uma “interferência nos assuntos internos da China” e uma “calúnia”. Guo reiterou que a questão de Taiwan é um “assunto puramente interno” e que a ilha “é uma parte inalienável do território chinês”.
A maior ameaça à paz e à estabilidade no estreito de Taiwan actualmente são as actividades separatistas e a conivência e apoio de forças externas”, acrescentou o porta-voz, numa referência velada aos Estados Unidos, principal fornecedor de armamento a Taiwan e que poderá intervir militarmente em caso de ataque da China. Guo apelou aos três países para que “se abstenham de enviar sinais errados às forças separatistas” da ilha.
As declarações que motivaram a reacção de Beijing foram feitas na segunda-feira, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, numa reunião entre o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, o chefe da diplomacia japonesa, Iwaya Takesh, e o sul-coreano, Cho Hyun.
Os três responsáveis sublinharam a importância de manter a paz e estabilidade no estreito de Taiwan e expressaram preocupação com as acções desestabilizadoras “cada vez mais frequentes” na região.
Taiwan é governado autonomamente desde 1949, com Forças Armadas próprias e um sistema político, económico e social distinto da República Popular da China, sendo considerada uma das democracias mais avançadas da Ásia.
Beijing considera a ilha como parte “inalienável” do seu território e tem intensificado nos últimos anos a campanha de pressão para alcançar a “reunificação nacional”, um objectivo central na visão do Presidente chinês, Xi Jinping, para o “rejuvenescimento” da nação chinesa.