OPaís
Ouça Rádio+
Qui, 16 Out 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

A barragem da discórdia entre os governos do Egipto e da Etiópia

Jornal Opais por Jornal Opais
22 de Janeiro, 2018
Em Mundo
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /home/opaisao/public_html/wp-content/themes/jnews/class/Image/ImageNormalLoad.php on line 70

Warning: Trying to access array offset on value of type bool in /home/opaisao/public_html/wp-content/themes/jnews/class/Image/ImageNormalLoad.php on line 73

Cairo e Addis Abeba estão em rota de colisão. A causa é a construção de uma enorme barragem que as autoridades etíopes consideram essencial para o desenvolvimento do país

Poderão também interessar-lhe...

Mediadores do acordo de paz em Gaza comprometem-se “a garantir a estabilidade na região”

Macron nomeia governo francês com políticos e técnicos

Lula afirma que teve conversas excelentes e amigáveis com Donald Trump

É um projecto ambicioso da Etiópia – a construção daquela que será a sétima maior barragem no mundo e a maior em África. Construída no principal afluente do rio Nilo, o Nilo Azul, o projecto está a originar tensões entre o Cairo e Addis Abeba sobre a futura partilha de um recurso da maior importância na região: a água.

O que motivou um encontro ao mais alto nível na última quinta-feira entre o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, e o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, em que ficaram claras, mais uma vez, as divergências.

O presidente Al-Sissi expressou a sua “extrema preocupação” por aquilo que pode resultar para o Egipto da construção da barragem, enquanto Desalegn garantiu que a Etiópia “nunca causa rá qualquer dano” ao povo egípcio. O objectivo de Addis Abeba é “garantir uma vida decente para todos os filhos do Nilo” e, para isso, é fundamental a construção da barragem para a produção de energia elétrica, o desenvolvimento da agricultura de irriga-causação e melhor gestão dos recursos hídricos. Segundo um estudo de 2009 do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas, a “Etiópia perde por ano dois mil milhões de toneladas de terreno fértil devido à degradação dos solos”.

Noutro plano, Addis Abeba espera vender eletricidade a países vizinhos, como a Eritreia, o Sudão do Sul, o Djibuti e o Quénia. Também no plano interno, a produção de energia é fundamental para uma das economias que mais tem crescido a nível mundial nos últimos anos. Em 2017, cresceu 9%.

Desde Março de 2011, quando foi anunciado o projecto, que o governo do Cairo afirma que a barragem irá reduzir os mais de 56 mil milhões de metros cúbicos de água por ano que utiliza do Nilo. Estimativas oficiais referem que o consumo médio per capita irá cair de 663 metros cúbicos para 582 metros cúbicos.

A importância do Nilo para o Egipto pode aferir-se pelo facto de mais de 90% dos seus 98,5 milhões de habitantes viverem nas zonas ribeirinhas. O Cairo insiste na realização de um estudo sobre o impacto real da barragem, estando em curso negociações, mas a ritmo lento. Em 2015, foi assinado um acordo entre o Egipto, a Etiópia e o Sudão sobre a partilha de recursos do Nilo, mas o Cairo tem mantido críticas àquilo que Addis Abeba chama a Grande Barragem do Renascimento Etíope.

Com um custo estimado em 4,2 mil milhões de dólares, o projecto foi financiado inteiramente por verbas nacionais e pela emissão de obrigações junto da comunidade etíope na diáspora. Além disso, todos os etíopes no país foram convidados a dar contribuições voluntárias.

A oposição prefere falar em “pressões” e afirma que mesmo pessoas com baixos vencimentos tiveram de entregar uma parte destes para financiar o projeto. O governo de Addis Abeba nega a existência de qualquer tipo de pressões. Não foi possível o financiamento internacional por Addis Abeba não ter contemplado os padrões ambientais na construção. Esta deve estar concluída em 2019, embora originalmente a data de conclusão fosse o corrente ano.

Actualmente, os trabalhos decorrem 24 horas sobre 24 horas, em três turnos, mobilizando mais de 8500 pessoas. O projecto não origina reticências só no Egipto. A nível internacional, aquela que vai ser a maior barragem em África tem gerado críticas precisamente por causa do impacto ambiental que causará na região e pelo modo como foi planeada, sem divulgação de muitos detalhes e com o governo de Addis Abeba a garantir, à medida que forem surgindo reparos, que não faria quaisquer alterações. E não o fez até agora, quando a construção está a 70%. As tensões entre o Egipto e a Etiópia têm igualmente raízes na história.

Os dois países foram adversários em diferentes momentos; por outro lado, o Egipto herdou a grande maioria dos direitos de utilização da água do Nilo por um tratado assinado no início do século XX entre Addis Abeba e Londres, que era então o poder colonial no Cairo, impondo condições gravosas aos etíopes.

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Mediadores do acordo de paz em Gaza comprometem-se “a garantir a estabilidade na região”

por Jornal OPaís
15 de Outubro, 2025

Estados Unidos, Egipto, Qatar e Turquia, mediadores do acordo de paz em Gaza, comprometeram-se a garantir a estabilidade na região,...

Ler maisDetails

Macron nomeia governo francês com políticos e técnicos

por Jornal OPaís
14 de Outubro, 2025

O Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou na noite de domingo o novo governo do primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, no qual se...

Ler maisDetails

Lula afirma que teve conversas excelentes e amigáveis com Donald Trump

por Jornal OPaís
14 de Outubro, 2025

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que manteve duas conversas “excelentes” e “amigáveis” com o Presidente dos...

Ler maisDetails

RDC: Confrontos verbais e de campo, paz ainda em espera

por Jornal OPaís
14 de Outubro, 2025

A paz continua em espera na República Democrática do Congo (RDC), enquanto os confrontos continuam no terreno hoje e a...

Ler maisDetails
Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade Fórum Negócios  Conectividade
Carlos Moco

Políticos reagem ao discurso sobre o estado da Nação

16 de Outubro, 2025

Bié reforça mercado de trabalho com outorga de mais de 700 licenciados

16 de Outubro, 2025

Telefonia móvel conta com mais de 26 milhões de subscrições

16 de Outubro, 2025

Restos mortais do empresário Santos Bikuku já repousam no cemitério do 14 em Saurimo

16 de Outubro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.