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Cabinda regista crescimento exponencial de casos de pessoas com demência

Um estudo sobre as pessoas com demência em Cabinda, realizado pela secretaria provincial da Saúde, revela que se regista uma tendência de crescimento exponencial de pacientes com essa enfermidade. As estatísticas vão variando de ano para ano e a procura dos serviços especializados para o tratamento aumenta a cada dia que passa

Jornal Opais por Jornal Opais
10 de Outubro, 2024
Em Manchete, Sociedade
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Quatro mil e 736 utentes procuraram, no primeiro semestre deste ano, pelos serviços de saúde, cujas causas e patologias mais relevantes apresentadas estão associadas ao consumo excessivo de álcool e outras drogas, aos transtornos mentais orgânicos, esquizofrenias, transtornos de desenvolvimento psicológico e ao atraso mental.

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A predominância das consultas em média por dia varia entre 15 e 20 nas consultas externas, mas a tendência é de um aumento de casos. Os números oficialmente contabilizados não são os mais reais, porque muitos casos vão parar às casas de orações.

“Temos de fazer um trabalho com algumas igrejas que continuam a insistir em albergar esses pacientes com problemas de foro psiquiátrico que, para além de orações, os doentes devem ser auxiliados com o uso de fármacos”, referiu o secretário provincial da Saúde em Cabinda.

Segundo Rúben de Fátima Buco, a causa mais importante e frequente que leva à demência na província é o uso excessivo de bebidas alcoólicas que, para além de provocar danos orgânicos ou físicos na pessoa, também cria danos psicoemocionais, altera o grau de consciência e daí as demências terem aumentado nos últimos anos.

“Além das drogas, as frustrações e as questões ligadas ao próprio stress e os divórcios estão na génese das principais causas de demência na nossa província”, acrescentou. Segundo a fonte, o quadro de do- entes com transtornos mentais em Cabinda é deveras preocupante.

Os números crescem e a província não dispõe de uma unidade sanitária especializada para acomodar os pacientes para um tratamento mais diferenciado.

Actualmente, a assistência médica e medicamentosa a esses pacientes é assegurada por quatro unidades sanitárias: o centro sanitário do Mbaca, improvisado para o efeito, é uma unidade de consultas de rotina e internamento, o Hospital Provincial de Cabinda (onde são garantidas as consultas externas e de seguimentos), o Hospital 28 de Agosto e o Centro de Hemodiálise de Cabinda, onde há especialistas que seguem os pacientes que aí procuram pela assistência médica.

A unidade do Mbaca, convertida agora em centro psiquiátrico, foi concebido, a priori, como posto de saúde, construído em 1998 pela Fundo de Apoio Social (FAS), com capacidade para apenas cinco camas, para garantir assistência médica às populações das localidades de Mbaca, Povo Grande e São Pedro. Para atender à demanda dos doentes do foro psiquiátrico, a referida unidade sanitária foi convertida em centro psiquiátrico, aumentando a sua capacidade de internamento de 5 para 15 camas.

O centro conta actualmente com 30 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutico de apoio hospitalar, aos quais deverão se juntar mais cinco médicos que estão em formação nas especialidades de psiquiatria.

Neste momento, 11 pacientes estão internados, mas o fluxo de entrada e saída vai variando consoante a procura e as consultas de seguimento aí efectuadas até à alta médica dos doentes curados.

A supervisora provincial da Saúde Mental em Cabinda, Maria Helena Kibinda, disse à reportagem do jornal OPAÍS que as condições no centro do Mbaca são as mínimas possíveis para se trabalhar, “mas precisamos melhorar, tanto mais que já se pensa na construção de um hospital psiquiátrico na província e damos jus que, daqui a alguns anos, tenhamos essa unidade especializada no tratamento de doentes mentais que muita falta faz à província de Cabinda”.

De acordo com o secretário da Saúde, o centro de Mbaca é uma unidade de caris municipal não orçamentada, que atravessa mui- tas dificuldades, e por falta de alimentação, torna-se num empecilho que leva a não ter uma capacidade alta de internamento.

Por isso, no último conselho provincial do governo, foi apresentada uma proposta no âmbito dos estatutos orgânicos das unidades sanitárias para que o centro de Mbaca tenha uma componente financeira própria para que se possa auto-sustentar.

Neste momento, o centro trabalha com base no apadrinhamento de algumas unidades na aquisição de alguns fármacos, do apoio da administração municipal de Cabinda e da própria secretaria provincial da Saúde, no que diz respeito a fármacos e alimentação.

Famílias abandonam dementes

Apesar da relação entre o corpo clínico e os pacientes ser boa, os familiares, muitas vezes, escapam, deixam os pacientes internados. Não visitam e nem acompanham o tratamento dos seus parentes doentes.

“Muitos pacientes recolhidos na via pública são internados e, depois da recuperação, permanecem no hospital, quando deveriam ser inseridos no seio familiar ou na comunidade”, lamentou a supervisora da saúde mental, Maria Helena Kibinda, referindo que, pela ausência dos familiares ou ainda pela rejeição da própria família, os pacientes recuperados ficam por viários anos na unidade sanitária como se fosse sua casa.

Explicou que, a partir do momento em que o paciente dá entrada ao hospital até à sua recuperação, a responsabilidade é da instituição, desde a alimentação e a medicação, já que os medicamentos para os doentes mentais são muito caros e muitas famílias não estão em condições de sustentar.

Maria Helena Kibinda aconselha as famílias a não deixarem os seus ente queridos que padecem de doença mental em casa. “Devemos conciliar o tratamento médico e a oração, e devem ir para o hospital à procura dos serviços médicos”, referiu, pedindo às famílias a não terem receios e não se auto-discriminar, porque “quanto mais cedo procurarem pelos serviços de saúde, melhor, porque, quando tarde, a doença estará mais acometida e tornar- se irreversível.”

Dia consagrado mundialmente à saúde mental Hoje, 10 de Outubro, é o dia consagrado mundialmente à saúde mental. A data foi celebrada pela primeira vez em 1992 por iniciativa da Federação Mundial da Saúde Mental, que conta com mais de 150 países-membros. A data serve para a educação, consciencialização e defesa da saúde global mental contra o estigma social.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um bem-estar, no qual o indivíduo é capaz de usar as suas competências e enfrentar o stress diário, ser produtivo e contribuir para a sua comunidade.

POR:Alberto Coelho, em Cabinda

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