Trinta anos de idade, Justino Fernando de Castro Capapinha é, desde Novembro do ano passado, 1.º secretário Nacional da JMPLA, rendendo Crispiniano dos Santos, num congresso em que venceu Adilson Hach com mais de 60 por cento de votos. Prestes a assinalar um ano desde que assumiu os destinos da organização juvenil do partido no poder, o MPLA, o jovem jurista de formação e especialista em Direito e Prática do Procedimento Administrativo pela Universidade Católica de Lisboa apresenta o quadro da instituição que herdou e dos desafios futuros. Sem esquecer as questões mais candentes da juventude, como o desemprego, a falta de habitação e até créditos para os que desejam empreender
Estamos há cerca de um ano desde que venceu as eleições na JMPLA. Já se sente confortável a poder fazer um balanço em relação ao que fez ao longo desse período?
Exactamente. Antes de mais, bom dia. Não diria um balanço, porque o balanço naturalmente ainda é muito cedo. Apesar de ter sido eleito em novembro deste ano, eu tive um secretariado que foi eleito apenas em Fevereiro. Ou seja, a missão como tal da JMPLA, a nível nacional, teve início em Fevereiro deste ano. E, portanto, um balanço não diria, mas já é possível fazer um resumo, se calhar, das actividades que vimos desenvolven do até agora e dos principais programas e projectos que estamos a executar. Alguns, ainda com provas por dar, naturalmente, estarão a ser executados há sensivelmente seis, cinco meses, mas que, de facto, já nos permitem ver esta mudança que queríamos, esta injecção de energia e de sangue novo.
Que JMPLA é que herdou?
Eu herdei uma JMPLA em movimento. Eu gosto de dizer assim, em movimento. Isso significa que eu herdei uma JMPLA com altos e baixos. Uma organização como a nossa, que eu costumo dizer de milhões, ela tem dentro das suas estruturas várias dinâmicas e vários níveis. Nós tínhamos uma JMPLA funcional, mas que tínhamos a consciência de que era preciso torná-la mais dinâmica. Era preciso rejuvenescer as suas estruturas e fizemo-lo em sede do 9.º Congresso Ordinário. Apesar de ser uma organização juvenil, ela precisa- va ser ainda mais jovem. Porque o próprio contexto exigia isso de nós. O facto de termos rejuvenescido ainda mais trouxe outros desafios. Como a questão da formação política e ideológica das nossas lideranças. Sabe que a juventude é enérgica por si só, tem uma veloci- dade cruzeiro. E, às vezes, no meio dessa velocidade, cometem-se alguns erros. E por isso é que estamos a continuar a apostar no pilar da formação política e ideológica de nossos militantes e quadros. Capacitá-los para as missões que agora estão a desenvolver. Portanto, é mais ou menos isso. Nós herdamos uma JMPLA com desafios nos vários domínios. É isso que eu dizia da sua estruturação. Nós temos uma base estatística que tem que ser reforçada. Para os desafios que temos, nós queremos crescer mais. Temos uma boa base de militantes, mas, se fizermos a comparação do número de população jovem que temos e do número de militantes que a JMPLA tem, rapidamente vamos perceber que ela precisa crescer mais. Então, um dos principais desafios que temos é o nosso crescimento. Mas não queremos só quantidade, temos que injectar necessariamente qualidade.
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