A África precisa de trabalho conjunto para auto-financiar iniciativas de grande impacto, à medida que dialoga com os Estados Unidos da América (EUA) sobre o enorme potencial do continente, defendeu ontem, segunda-feira, em Luanda, o presidente do grupo Banco de Comércio e Desenvolvimento, com a sigla em inglês (TDB), Admassu Tadasse
lando na plenária sobre “Caminhos para a prosperidade: uma visão compartilhada para a parceria EUA-África” na 17ª Cimeira EUA-África, realçou o enorme potencial do continente na agricultura. “Os EUA querem retomar a sua própria industrialização, e a África precisa de muitos equipamentos e maquinaria.
É uma combinação perfeita. Então, tudo o que os EUA realmente precisam fazer é reorientar a sua produção para o lado industrial e focar na África, porque a África é a única parte do mundo que ainda não produz bens significativos de natureza industrial e de equipamentos”, disse.
Acrescentou que o potencial do continente é realmente forte, “porque se observar apenas a composição das exportações dos EUA para a África, verá que elas são lideradas por máquinas, aeronaves, equipamentos de vários tipos, seja para saúde ou agricultura”.
Na sua visão, ao olhar para o sector agrícola, nas diversas indústrias, mineração ou no sector de energia, percebe-se que todos precisam de grandes quantidades de equipamentos. “Na verdade, é isso que o Grupo TDB faz.
Financiamos muitas importações de equipamentos para todos esses sectores. Portanto, é natural que os EUA vejam isso não apenas como um mercado significativo hoje, mas como um enorme mercado para o futuro”, enfatizou.
Segundo o responsável, os EUA também precisam desenvolver a economia africana para que possa efectivamente importar mais dos EUA, tendo em conta o facto de existir um crescimento de cerca de 4% ao ano. “Isso é bastante baixo.
Para uma região como a África, poderíamos definitivamente atingir de 6 a 7% em geral”, frisou. O evento, que conta com mais de dois mil e 800 participantes e 55 expositores das áreas de energia, agricultura, infra-estruturas, indústria, logística, turismo e tecnologia, decorre sob o lema “Caminhos para a Prosperidade” 17.ª Cimeira EUA-África, numa iniciativa da Corporate Council on Africa (CCA), em parceria com o Governo angolano.
Em três dias, serão debatidos temas relacionados com infraestruturas, agricultura, energia eléctrica, saúde, entre outros assuntos transversais que afligem os países africanos.
Ao longo da cimeira, serão realizadas sessões plenárias de alto nível, diálogos sectoriais, mesasredondas privadas, sessões de networking e uma exposição de soluções tecnológicas.