A SODIAM, órgão público de comercialização de diamantes, tem um mandato, do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), de construir 19 novas fábricas de lapidação e corte de diamantes até 2027. Segundo o representante da empresa, no 1.º Encontro Nacional dos Conselhos de Administradores das Empresas Públicas, Sérgio Viera Dias, as mesmas estão a ser construídas em três fases, sendo que a primeira, que comporta cinco fábricas, está com um grau de execução física de 80%
A Sodiam controla, neste momento, oito fábricas de lapidação e corte de diamantes, e o desafio do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) é que, até 2027, possa construir 19 novas fábricas.
As mesmas estão a ser construídas em três fases, no Polo Diamantífero da Lunda Sul: cinco na primeira fase, depois seguir-se-ão a construção de sete e finalmente mais sete, de acordo com Sérgio Viera Dias.
Para a SODIAM, é um desafio um pouco complexo devido à baixa nas receitas, mas é para cumprir e dar resposta ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).
A volatilidade dos mercados internacionais, associada à desaceleração da economia mundial, contribuiu para a redução dos preços devido à fraca procura pelos diamantes naturais e aumento da produção de diamantes sintéticos, que têm se apresentado como os principais desafios. Segundo explicações, as fábricas serão construídas no Pólo Diamantífero da Lunda e cada uma delas vai empregar entre 102 e 170 trabalhadores, respectivamente.
A empresa nacional de diamantes conta actualmente com 448 trabalhadores, cujas contribuições na Segurança Social estão garantidas, de acordo ainda com Sérgio Vieira Dias.
Entre as competências da SODIAM, podem-se destacar o papel supervisor e fiscalizador da comercialização de diamantes, das exportações, a retenção da receita fiscal para a Conta Única do Tesouro (CUT), a atracção de novos investidores para o incremento da actividade de lapidação, o fomento da comercialização de diamantes naturais, a promoção do capital humano e do conteúdo local.
Importa referir que dados oficiais indicam que Angola exportou cerca de 10,2 milhões de quilates de diamantes em 2024 e encaixou aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares, uma queda de quase 3% nas receitas com dia mantes em relação a 2023.
Em 2024, Angola produziu 14 milhões de quilates, 96% da meta prevista de receitas com diamantes no Plano de Desenvolvimento Nacional (2023-2027).
Abraçada com a responsabilidade social
No âmbito da responsabilidade social, a SODIAM, segundo o seu representante, tem apoiado projectos no sector da Saúde, Educação e Desporto, tendo destacado a formação de 168 jovens, no seu centro de formação de lapidação de diamantes e, segundo afirmou, quase todos foram absorvidos pelas empresas locais.
Sérgio Vieira Dias destacou também o financiamento para a construção de um hospital pediátrico na província da Lunda Sul e que a empresa perspectiva financiar a construção de 19 escolas na província de Luanda.
Sonhos e desafios da SODIAM
A empresa tem sonhos e desafios, um dos quais é na esperança de que o mercado mundial de diamantes melhore para que Angola venda mais e, na sequência, arrecade mais receitas, promovendo cada vez mais o diamante natural.
Por: José Zangui