A actividade petrolífera, em 2024, registou um desempenho positivo, contribuindo para o crescimento económico do país, com uma participação adicional de 4% no Produto Interno Bruto (PIB), impulsionada pelo aumento da produção de hidrocarbonetos, segundo o Relatório de Gestão e o Relatório e Contas da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), relativos ao exercício de 2024
Em 2024, a produção de petróleo alcançou 411.558.729 barris, correspondendo a uma média diária de 1.124.477 barris. A referida produção registou um incremento de 2,5% comparativamente com a realizada no período homólogo de 2023, e de 6,1% quando comparada com a prevista para 2024 (1.060.000 barris).
De acordo com o relatório da ANPG, dentre os principais factores para essa variação destacam-se a eficiência operacional que atingiu 89,35%, 1% acima da verificada em 2023, o cumprimento das acções de manutenção preventiva das instalações de produção, com uma execução de 92,58%, a entrada em produção de 11 novos poços, a intervenção em cinco poços no Bloco 32, que tiveram um desempenho acima do previsto, entre outros factores.
No período em análise, a matriz de riscos da ANPG identificou 216 riscos, dos quais apenas 10% foram caracterizados como muito altos e com elevado nível de criticidade, sendo que ao longo do exercício económico de 2024, foram implementadas medidas para mitigá-los.
Os planos de acção implementados permitiram mitigar cerca de 27% dos riscos identificados nas diversas categorias (muito alto, alto e moderado).
E sempre no sentido de mitigar riscos, o documento refere que foi elaborado o Plano Anual de Gestão de Risco 2025, que tem como objectivo destacar as actividades críticas que garantam uma abordagem abrangente e eficiente na gestão de riscos, para a sua posterior identificação, avaliação, priorização e mitigação.
No segmento do gás natural, o documento mostra que a produção diária atingiu 2,6 mil milhões de pés cúbicos, com um aumento de 1,3% comparativamente ao ano anterior.
Desse volume, cerca de 648 milhões de pés cúbicos por dia foram canalizados para a unidade de liquefação Angola LNG, reforçando o compromisso do país com a monetização sustentável do gás e a diversificação da matriz energética nacional.
A produção de gás associado, em Angola, foi de 982.790 milhões de pés cúbicos, com uma média diária de 2.685, 3,45% abaixo da previsão. Importa ainda referir que a produção de gás foi suportada por 54 poços, dos quais 53 marítimos e um terrestre.
No relatório, a ANPG reafirma manter o seu foco na implementação da estratégia de exploração e desenvolvimento de recursos, com ênfase na promoção do investimento estrangeiro feita através da implementação da estratégia de atribuição de concessões petrolíferas e da criação de soluções de negócios que incentivem o investimento nos blocos concessionados.
Essas acções, sublinha o documento, reforçam a posição de Angola como “um destino competitivo e atraente para investimentos internacionais no sector energético”.
Por: José Zangui