De regresso a Angola estão igualmente as petrolíferas SHELL, Petronas e Qatar Oil, de acordo com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Angola. O Executivo solicitou a reabertura de linhas de financiamento para facilitar a participação de empresas brasileiras em projectos no país
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo disse que o processo de regresso da Petrobras a Angola se inicia com estudos de alguns blocos petrolíferos e depois a empresa brasileira tomará a decisão de investir ou não.
Sem avançar os blocos em que a Petrobras fará os estudos sabe-se, no entanto, que os termos do acordo testemunhado pelo Presidente João Lourenço e Lula da Silva, vai permitir a pesquisa e desenvolvimento de petróleo e gás, formação e investigação em projectos relevantes para a transição energética justa.
O regresso da Petrobras a Angola foi anunciado na sequência de um memorando de entendimento assinado, no último fimde-semana, durante a visita do Presidente República ao país sul americano.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em nota, recorda que em Março deste ano foi assinado um memorando de entendimento entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola (ANPG) e a Petrobras para o estudo conjunto e possível negociação directa, de contratos de concessão de blocos no “offshore” em Angola “De realçar também o regresso da SHELL, da Petronas e da Qatar Oil, a manutenção de todas as maiores companhias internacionais de petróleo que actuam no nosso país e a vinda de empresas de médio e pequeno porte”, ressalta o comunicado do Ministério.
Na cerimónia de assinatura, o Presidente João Lourenço destacou o retorno do Brasil ao continente africano. “Constatamos que efectivamente o Brasil está de volta à África”, disse, referindo-se à visita de Lula a Angola em 2023.
João Lourenço expressou interesse em atrair investimentos privados brasileiros, especialmente em infraestrutura, e solicitou a reabertura de linhas de financiamento para facilitar a participação de empresas brasileiras em projetos no país africano.
“Contamos com os empresários brasileiros nestas empreitadas. Confiamos que Brasil volte a abrir linha de financiamento para crédito à exportação. Acreditamos que vai acontecer”, afirmou Lourenço.
Por: José Zangui