A primeira refinaria nacional do período pós-independência, cuja primeira fase foi inaugurada recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, na província de Cabinda, foi distinguida com o prémio Operador Downstream do Ano na Gala Dinner da Angola Oil & Gas Conference 2025, realizada em Luanda, uma de reconhecimento do contributo decisivo da nova refinaria para transformar o sector downstream em Angola e para reforçar a soberania energética do país.
Com uma capacidade de processamento geral de 60.000 barris de crude por dia, fornecidos pela Sonangol, este projecto marca um novo ciclo para a refinação doméstica, reduzindo a dependência de importações e posicionando Angola como referência industrial no continente africano.
Segundo um comunicado de imprensa a que tivemos acesso, o CEO da Gemcorp Angola, Marcelo Hofke, que procedeu à recepção do prémio em representação da Refinaria de Cabinda, destacou a distinção como um marco que surge para fortalecer a refinaria no que o desenvolvimento do sector energético em Angola diz respeito.
”Este reconhecimento tão próximo da inauguração da refinaria mostra a relevância e o impacto do projecto para Angola. A Refinaria de Cabinda nasce para servir o país e os angolanos, com padrões de excelência internacional, e este galardão demonstra que o sector petrolífero africano reconhece a sua importância estratégica. É um orgulho partilhar este prémio com todos os que tornaram possível esta conquista e reafirmar o nosso compromisso em consolidar Cabinda como um polo industrial de referência em África”, sublinhou.
O investimento na primeira fase da Refinaria de Cabinda ascendeu a 473 milhões de dólares, combinando capitais próprios e financiamento internacional. O modelo financeiro foi anteriormente distinguido com o prémio Africa Oil & Gas Deal of the Year pela Infrastructure Journal Global.
O empreendimento, resultado da parceria entre a Gemcorp (90%) e a Sonangol (10%), já gerou mais de 3.000 empregos directos, contou com a participação de 200 empresas nacionais, 90 das quais de Cabinda, e integra um programa de capacitação que formará mais de 5.000 quadros nacionais até 2026.
A Refinaria de Cabinda vai produzir gasóleo, combustível para aviação, fuelóleo pesado e nafta, permitindo poupar centenas de milhões de dólares anuais em importações e reforçar a segurança energética de Angola.
O prémio Operador Downstream do Ano é a primeira distinção internacional da refinaria, confirmando a sua relevância estratégica para o futuro energético de Angola e para o posicionamento do país como destino competitivo de investimento no sector.
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